TOPO

“Moeda da Hungria: saiba o que e quanto levar para Budapeste”


Planejando uma viagem para Budapeste? Então é bom saber que, assim como outros países do Leste Europeu, a Hungria não adota o euro como moeda oficial. Na verdade, a moeda da Hungria é o florim húngaro.

Neste post você vai entender melhor sobre essa moeda, quanto ela vale, qual é a melhor maneira de levar dinheiro para Budapeste e quanto, aproximadamente, você gastará na sua viagem. Confira!

 

QUAL É A MOEDA DA HUNGRIA?

Embora faça parte da União Europeia, a moeda oficial da Hungria é oflorim húngaro (forint em húngaro), também abreviado para Ft. O código da moeda é o HUF.

No geral, é em HUF ou Ft que você verá os valores nos restaurantes, lojas e passeios turísticos.

As notas em circulação possuem valores de 500, 1.000, 2.000, 5.000, 10.000 e 20.000 florins. Já as moedas são encontradas nos valores de 5, 10, 20, 50 e 100 florins.

Florim húngaro, a moeda da Hungria

A moeda da Hungria é o florim húngaro

Cotação do florim húngaro: real x euro x dólar

Para se ter uma ideia da cotação do florim húngaro¹, seguem alguns comparativos com base na atual cotação:

 

  • R$ 1 = 69,76 HUF
  • 1 euro = 395,11 HUF
  • 1 dólar = 363,35 HUF

 

Pra facilitar a conta na hora de ver os preços, tenha em mente que, atualmente, 1.000 florins húngaros equivalem a R$14,34 (câmbio comercial).

E vale destacar que, assim como o real, o florim sofreu uma importante desvalorização nos últimos anos.

Mais adiante você verá um exemplificativo de custos para entender o quanto você gastará na sua viagem à Hungria.

¹ A cotação foi conferida na data de publicação deste artigo e segue o câmbio comercial.

COMO LEVAR O SEU DINHEIRO PARA BUDAPESTE (E QUAL MOEDA LEVAR)

Budapeste é a capital e a cidade mais visitada da Hungria.

Para quem sai do Brasil, é importante saber que o florim húngaro é uma moeda exótica no nosso país. Por isso, será quase impossível encontrá-lo em uma casa de câmbio brasileira. E mesmo que você encontre, a cotação provavelmente não será boa, já que a circulação da moeda da Hungria é baixa.

Da mesma forma, também será muito difícil trocar reais por florins em Budapeste ou qualquer outra cidade da Hungria.

Por isso, as melhores soluções para levar dinheiro para a sua viagem são: 

  • Levar uma moeda de grande circulação em espécie para fazer o câmbio ao chegar em Budapeste;

  • Usar o cartão de crédito para pagamentos e saques (método mais caro); e/ou

  • Usar o cartão multimoedas Wise para pagamentos e saques (método mais econômico).


A seguir, falarei mais sobre cada um dos métodos e os pontos positivos e negativos de cada um, além de dar dicas para você operacionalizar as transações.

Câmbio de moeda em espécie

Câmbio de moeda em espécie

Para o câmbio de moeda em espécie, recomendo levar uma moeda de grande circulação e comprar florins chegando em Budapeste.

Como é bem provável que você passe ou até mesmo inclua na viagem outro destino dentro da zona do euro, levar euros para a Hungria pode ser a melhor opção. Assim, você só trocará o necessário em florins e não correrá o risco de ficar com uma moeda “inútil” na carteira.

E, como o euro é uma moeda de grande circulação, você não perderá tanto nas taxas cambiais. Ainda assim, terá que fazer o caminho “reais → euros → florins”, passando por duas conversões.

Em Budapeste, não é incomum que alguns restaurantes turísticos e hotéis aceitam o pagamento em euros. Mas, nesses casos, a taxa aplicada é superior à das casas de câmbio e acaba não valendo à pena. Por isso, escolha sempre pagar em florins.

Libras esterlinas e dólares americanos também são moedas de grande circulação e serão aceitas em qualquer Casa de Câmbio com boas taxas, mas só farão sentido se você já tiver a moeda na carteira (ex: você passará pelo Reino Unido durante a sua viagem). Caso contrário, é melhor apostar no euro.

Vantagens de fazer o câmbio de moeda em espécie:
  • IOF de 1,1%;
  • Transparência nas transações (você sabe exatamente o quanto está gastando).
Desvantagens de fazer câmbio de moeda em espécie:
  • É necessário passar por duas operações, perdendo duas vezes no câmbio até chegar na moeda da Hungria;
  • Precisa ir até uma Casa de Câmbio no destino para trocar o seu dinheiro;
  • Não é muito seguro andar com grande volume de dinheiro.

 

Cartão de crédito

Cartões de crédito

Definitivamente, o cartão de crédito não é a maneira mais vantajosa para levar o seu dinheiro a Budapeste. Ainda assim, não é uma opção para ser descartada – afinal, pode ser uma excelente saída para emergências. 

Os cartões circulam bem em Budapeste e as bandeiras Visa e Mastercard são as que possuem maior cobertura. Os cartões American Express também são bem recebidos, mas podem não ser aceitos em um lugar ou outro.

Dificilmente você encontrará alguma loja ou restaurante que não possua a maquininha – até mesmo os tickets de ônibus e metrô podem ser pagos com o cartão. Contudo, em algumas feiras, barraquinhas e (raramente) atrações turísticas o dinheiro vivo ainda é imprescindível. 

Com o cartão de crédito, haverá a cobrança de 6,38% de IOF sobre as compras (contra 1,1% da moeda em espécie), além de taxas cambiais e bancárias nem sempre muito vantajosas e transparentes.

Por outro lado, é um método seguro e prático. Você pode usá-lo tanto para pagamentos na maquininha quanto para saques. Não esqueça de habilitá-lo para uso no exterior.

Vantagens de usar o cartão de crédito em Budapeste:
  • É prático, basta habilitar para uso no exterior;
  • É mais seguro, pois permite que você não ande com grandes montantes de dinheiro;
  • O pagamento é feito só na data da faturação;
  • Acumula pontos no programa de fidelidade do cartão (dependendo do cartão, claro);
  • Boa opção de emergência para ter na carteira.
Desvantagens de usar o cartão de crédito em Budapeste:
  • IOF de 6,38%;
  • Sujeição às variações de câmbio e altas taxas bancárias;
  • Você só sabe o quanto de fato será cobrado no fechamento da fatura;
  • Pouca transparência quanto ao câmbio e taxas aplicáveis;
  • Pode haver cobrança para fazer saques (depende do banco / operadora do cartão e do próprio terminal eletrônico).

 

Cartão multimoedas Wise (a maneira mais econômica)

Aplicativo da Wise

Solução relativamente recente, os cartões multimoedas têm ganho cada vez mais espaço na carteira dos viajantes.

Na prática, esse tipo de cartão funciona como qualquer outro cartão de débito: você pode usá-lo na maquininha ou para saques.

A diferença é que ele é internacional e multimoedas. Assim, você pode escolher as moedas que quer manter em saldo, além da moeda de pagamento. Tudo isso com taxas mais vantajosas que as dos bancos tradicionais e das casas de câmbio, além de IOF de 1,1 %.

Cartão multimoedas da Wise: a minha indicação na Hungria

A minha indicação na Hungria – e o método que eu usei durante todo o período em que morei no país – é o cartão da Wise, porque ele é o único cartão do segmento disponível tanto em reais, quanto em florins húngaros (e mais de 50 outras moedas).

Isso significa que você pode carregar o seu cartão com florins húngaros a  e fazer o pagamento em reais, sem que o câmbio passe por uma terceira moeda (como o euro ou dólar).

A operacionalização do cartão também é bem simples, já que tanto o site quando o aplicativo da Wise são bastante intuitivos.

Ao abrir a sua conta, que é gratuita, e fazer o primeiro depósito, você também poderá solicitar o cartão de débito físico sem custo. Porém, caso você ainda não tenha uma conta, recomendo fazer todo o processo pelo menos algumas semanas antes da viagem para garantir que o cartão chegue a tempo.

Atenção à taxa de saque

Como eu falei, esse tipo de cartão pode ser usado tanto para compras na maquininha quanto para saques. Acontece que saques no exterior costumam ter taxas – e não é diferente com o cartão da Wise.

Esse cartão permite até 2 saques gratuitos por mês desde que o valor total não ultrapasse o equivalente a R$1.400. Depois disso, é cobrado R$ 6,50 por transação, mais 1,75% sobre os valores excedentes.

Para economizar, faça apenas um saque com o necessário para as despesas miúdas (barraquinhas e entradas turísticas, por exemplo) e passe o cartão nos demais estabelecimentos, como hotéis, restaurantes e lojas.

Assim, você ainda terá mais um saque gratuito no mês para usar em outro destino da sua viagem, lembrando que o cartão também é muito útil para despesas em euro, coroa tcheca, zloty polaco e outras moedas da Europa.

Vantagens de usar o cartão Wise na Hungria:
  • IOF de 1,1 %;
  • Método prático e seguro;
  • Taxas mais baratas que as dos bancos e casas de câmbio;
  • Transparência quanto aos valores cobrados;
  • Permite a conversão de reais para florins húngaros sem passar por uma moeda intermediária;
  • Permite que você carregue o dinheiro aos poucos, antes ou durante a viagem (aproveitando, inclusive, as baixas de câmbio).
Desvantagens de usar o cartão Wise na Hungria:
  • Permite fazer apenas 2 saques gratuitos por mês, no valor total equivalente a R$ 1.400. Acima disso, há cobrança de taxas;
  • Caso você ainda não tenha conta na Wise, é preciso se programar algumas semanas antes da viagem para receber o cartão a tempo.

 

DICAS PRÁTICAS

Onde comprar euro e outras moedas em espécie no Brasil

Caso você opte por levar dinheiro em espécie, a melhor e mais econômica maneira de comprar euros e outras moedas em espécie no Brasil é através de uma comparadora de câmbio

Uma comparadora de câmbio é uma intermediária entre você e as melhores casas de câmbio, na qual você poderá checar as taxas e condições de todas em tempo real e de maneira facilitada. Em alguns casos, também te dá a oportunidade de fazer ofertas – e baixar alguns centavos na tarifa.

A que eu já usei e recomendo é a Melhor Câmbio.

Como a ferramenta é apenas uma intermediária, vale ficar de olho na nota de avaliação da Corretora – que é mostrada no próprio site.

Casas de Câmbio em Budapeste: onde trocar o dinheiro

Ao caminhar pelas zonas turísticas de Budapeste, você verá várias placas de “change” e “exchange” em portinhas na rua, lojas de souvenir e até mesmo hotéis. Dica: não troque o seu dinheiro nesses locais sem checar a procedência. Na cidade há muitos cambistas não confiáveis, com tarifas ruins ou que aplicam taxas ocultas fora da cotação anunciada.

Para uma compra segura e sem surpresas, essas são algumas das Casas de Câmbio confiáveis em Budapeste (clique na localização para ver no mapa):


Dentre as Casas de Câmbio citadas,
a Money Exchange muitas vezes pratica as melhores taxas (atente-se à localização, pois existem outras com o mesmo nome). Caso você não queira perder tempo pesquisando as cotações, essa é uma boa opção.

A vantagem do local é que abre inclusive aos finais de semana (confira os horários atualizados no Google Maps) e está bem no centro da zona turística – perto da Fashion Street e do ponto de ônibus para o Aeroporto

E, falando em Aeroporto, evite trocar muito dinheiro nas Casas de Câmbio de lá, pois as taxas costumam ser ruins.


Leia também:


Sacando dinheiro em Budapeste

Para sacar dinheiro em Budapeste, seja com o cartão de crédito (habilitado para uso no exterior) ou o cartão internacional da Wise, basta ir em qualquer caixa ATM – eles possuem opção de painel em inglês.

Já falamos sobre a taxa de saque dos cartões Wise, mas a maioria dos cartões de crédito também faz uma cobrança. Consulte o seu banco ou operadora do cartão para saber quais taxas serão aplicadas. 

E, para completar, o próprio terminal eletrônico também pode cobrar taxa de saque.

Para evitar as taxas do terminal, dê preferência aos ATM de bancos ao invés de caixas genéricos. Eles costumam não cobrar nada ou informar os valores antes que você aprove a transação.

E falando em caixas genéricos, você encontrará os da rede “Euronet” (que é como um “Banco24Horas”) por todo lado, principalmente nas áreas mais turísticas. Quando você ver um, fuja na velocidade da luz – as taxas são abusivas!

Quanto vou gastar na minha viagem para Budapeste?

O custo de uma viagem depende muito do perfil de cada viajante. Não importa o destino, sempre dá pra gastar muito ou bem pouco.

Mas, para você ter uma ideia de custos, vamos falar um pouco da média de valores nos segmentos de hospedagem, alimentação e atrações turísticas – tudo na moeda da Hungria.


Hospedagem

A hospedagem é certamente o item mais variável – depende muito do nível de conforto, localização, serviços oferecidos e época do ano.

Em Budapeste, na média temporada, é possível encontrar diárias com boa localização nas seguintes faixas de preço:

  • Cama em Hostel bem avaliado (quarto compartilhado): a partir de 4.000 HUF
  • Quarto padrão em Hotel 3 estrelas para 2 pessoas a partir de 16.000 HUF
  • Quarto superior em Hotel 5 estrelas para 2 pessoas  a partir de 35.000 HUF

No nosso guia de hospedagem em Budapeste, dou dicas dos melhores bairros para se hospedar na cidade e  sugestões de hotéis para diferentes orçamentos.


Alimentação

Para se ter uma ideia de custo da viagem com alimentação, você pode levar em conta o valor médio* de alguns itens nos restaurantes:

  • Refeição em restaurante econômico 3.500 HUF
  • Refeição completa para 2 pessoas (3 pratos) 16.000 HUF
  • Refrigerante lata 450 HUF
  • McMeal no McDonalds 2.500 HUF
  • Cerveja local (500 ml) 800 HUF

Vale lembrar que esses são valores médios. Pela minha experiência, é possível encontrar opções mais baratas que as apontadas.

De segunda a sexta, por exemplo, é comum que os restaurantes ofereçam um “menu do dia” econômico no almoço. Por cerca de 1.500 HUF você também poderá comer um lángos, comida de rua típica da Hungria. 

* Fonte: Numbeo


Atrações

Os ingressos das atrações em Budapeste variam bastante, por isso é ideal planejar as atividades com antecedência.

Para se ter uma ideia, a visita guiada ao Parlamento custa 10.000 HUF (para adultos não cidadãos da UE), enquanto um cruzeiro no Danúbio custa a partir de 4.522 HUF e um ingresso nas Termas de Széchenyi custa 15.211 HUF.

Você também pode conferir o preço de outros ingressos e experiências no site da Get Your Guide:

 


Em comparação com outros países da União Europeia, principalmente daqueles que fazem parte da zona do Euro, a Hungria é considerada um país econômico para se visitar.

O QUE, COMO E QUANTO LEVAR PARA BUDAPESTE?

Agora que você sabe tudo sobre a moeda da Hungria e tem uma ideia dos principais custos de uma viagem para Budapeste, basta adaptar ao seu perfil para entender o quanto você gastará na viagem.

Como, no geral, já saímos com hotel e passeios reservados (ou ao menos em mente), fica mais fácil entender o quanto precisamos levar. À hospedagem e atrações, some o custo estimado com alimentação e reserve mais uma quantia para o transporte, compras (se for o caso) e eventuais imprevistos.

Com esse valor em mente, é hora de decidir como levar o seu dinheiro.

Para quem sai do Brasil a opção mais econômica é usar o cartão multimoedas da Wise, seguida do câmbio de moeda em espécie.

Já o uso do cartão de crédito é muito mais caro, mas pode ajudar em emergências ou até mesmo ser a principal opção de quem prioriza comodidade.

Você sabia?

O Viaja que Passa ganha uma pequena comissão a cada reserva que você faz através dos links dos nossos parceiros. Você não paga nada a mais por isso e nos ajuda a continuar publicando conteúdos autorais e imparciais para ajudar na sua viagem!

Tags:    

«
»