O Wat Rong Khun, situado na cidade de Chiang Rai e mais conhecido como Templo Branco, é um dos templos budistas mais famosos e visitados de toda a Tailândia. Considerando que estamos falando de um país com mais de 40 mil templos, isso é um grande feito!
Junto da extraordinária beleza do templo, a singularidade da obra a torna muito especial. Esse é o único templo inteiramente branco da Tailândia e também o único a misturar elementos tradicionais budistas com referências modernas e da cultura pop.
Neste artigo, reuni curiosidades e dicas que vão te ajudar a planejar a sua visita ao Templo Branco, em Chiang Rai, durante a sua viagem à Tailândia. Confira tudo a seguir!
CURIOSIDADES SOBRE O TEMPLO BRANCO DE CHIANG RAI
Diferente de outros templos budistas da Tailândia, geralmente ornamentados com dourado e cores marcantes, o Templo Branco rompe todos os conceitos tradicionais.
O projeto é obra do reconhecido e premiado artista tailandês Chalermchai Kositpipat, que é nascido em Chiang Rai. Kositpipat, aliás, é não só o artista por trás do templo como também o seu proprietário e financiador!
A construção começou em 1997 e ainda está inacabada. Embora os principais edifícios já estejam concluídos, há alguns em obra e outros ainda por vir (no total, serão 9 edifícios em todo o complexo). Espera-se que a conclusão aconteça em 2070.
Simbolismo do Templo Branco
O Templo Branco é igualmente bonito e polêmico! Misturar elementos do budismo com figuras mundanas já rendeu críticas ao artista em outras obras (e também o seu reconhecimento).
Para além das polêmicas, o templo possui várias simbologias. A começar pela cor branca, que representa a pureza. Cacos de espelho refletem no sol e representam a sabedoria de Buda.
Ao visitar o local, ainda vale a pena perder um tempo observando alguns itens e espaços:
A ponte do “ciclo do renascimento”
Uma ponte conecta a área exterior ao “Ubosot”, como é chamada a sala mais sagrada (ou salão da ordenação) de um templo.
Do chão surgem várias mãos que representam as tentações, a ganância e o desejo humano. É a manifestação do inferno.
O “ciclo do renascimento” é a travessia para o caminho da felicidade e libertação do sofrimento.
A “porta do céu”
Antes de chegar ao Ubosot, a “porta do céu” é guardada por criaturas que representam a Morte e Rahu, que decide o destino dos homens.
Na sequência, há várias imagens de Buda em meditação.
O Ubosot
O Ubosot do Templo Branco foge completamente da estética do seu exterior. Aqui, a arquitetura branca e serena sai de cena e, no lugar, entram pinturas vibrantes em um fundo dourado.
Mas o mais curioso são as figuras retratadas ali: monges budistas se misturam a desastres como o ataque à Torres Gêmeas e figuras da cultura pop. Estão lá Michael Jackson, Batman, Harry Potter, Hello Kitty, Pikachu, Darth Vader e por aí vai…
O significado proposto é retratar o bem e o mal em uma humanidade imperfeita, caótica e mundana, com distrações e ambições que a afastam da paz e da elevação espiritual.
Lembre-se que o Ubosot é um local sagrado! É preciso tirar os calçados antes de entrar e não é permitido tirar fotos no seu interior.
Curiosidade: a saída do Ubosot é feita pela parte de traz para que o caminho siga um sentido único. Assim, ninguém voltará para o inferno após alcançar a redenção. |
O QUE MAIS VER NO COMPLEXO DO TEMPLO BRANCO?
O complexo do Templo Branco é grande e eu recomendo se organizar para passar pelo menos 1 hora observando tudo com calma.
Além do Ubosot, que é a principal estrutura do complexo, há alguns outros espaços que merecem um pouco de atenção:
O banheiro dourado
Seria esse o banheiro mais bonito do Tailândia? Talvez!
Contrastando com toda a estrutura do templo branco, o toalete é completamente dourado e lembra um templo por si só.
O Crematório
O crematório do complexo, também todo em branco, possui um edifício pequeno e bastante ornamentado.
O local transmite paz e serenidade às pessoas que farão a passagem.
Ganesha Worship House
É uma das construções mais novas do complexo e impressiona mais por fora do que por dentro.
Todo dourado e ornamentado, é um local de adoração a Ganesha. No interior também há uma loja com imagens e souvenires para venda.
Esculturas de figuras da cultura pop
Além das pinturas no Ubosot, há esculturas de figuras da cultura pop espalhadas por todo o complexo. Dá pra perder um bom tempo tentando reconhecer todas as imagens.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO TEMPLO BRANCO
O Templo Branco abre diariamente das 8h às 17h.
Se possível, recomendo visitá-lo às 8h da manhã ou no final da tarde (chegue pelo menos 1 hora antes do encerramento), assim a luz estará melhor para as fotos e você conseguirá escapar de chegar com as dezenas de ônibus de turismo.
INGRESSO PARA O TEMPLO BRANCO
Boa parte do complexo é aberto à visitação gratuitamente. No local também há um estacionamento gratuito.
Contudo, para acessar o Ubosot (incluindo a ponte e área circundante) é cobrada uma entrada de 100 bahts, que deve ser paga em espécie.
ONDE FICA E COMO CHEGAR AO TEMPLO BRANCO
O Templo Branco está situado em Chiang Rai, no extremo Norte da Tailândia. O templo fica em uma área afastada da cidade, a 14 km do centro.
A cidade de Chiang Rai é atendida pelo Chiang Rai International Airport (CEI), mas ele opera voos diretos apenas de Bangkok e Phuket.
Por esse motivo, a maioria das pessoas faz a viagem por terra partindo de Chiang Mai, que fica a 190km de distância.
Leia também:
- Guia completo: Festival das Lanternas de Chiang Mai (Yi Peng)
- Do Aeroporto de Chiang Mai ao centro da cidade: como ir e valores
- Guia Phi Phi Islands: saiba o que fazer, como chegar e onde ficar
- Moeda da Tailândia: saiba o que e quanto levar para a sua viagem
Como ir ao Templo Branco saindo de Chiang Mai
De Chiang Mai, as principais formas para chegar ao Templo Branco é de carro, ônibus ou excursão. Veja mais detalhes sobre cada uma das alternativas:
De carro
Apesar de não ser a maneira mais econômica, alugar um carro te dará a oportunidade de conhecer a atração fora dos horários de pico e sem a massa de turistas. Essa foi, inclusive, a opção que escolhi.
Em Chiang Mai, as principais locadoras de veículos se concentram aeroporto da cidade. Recomendo a Rental Cars para cotar as tarifas e reservar um carro com desconto.
A estrada é sinuosa e em boa parte do trajeto a pista é simples, mas o asfalto está em boas condições.
Vale lembrar que a Tailândia usa a mão inglesa! Para quem não está acostumado, apostar em um carro automático (a maioria é) diminui a estranheza. Já em termos de documentação, é necessário portar a Permissão Internacional para Dirigir (PID).
De excursão
Há várias excursões para o Templo Branco saindo de Chiang Mai. A maioria delas também incluem paradas no Wat Rong Suea Ten (Templo Azul) e no Baan Dam Museum (Black House) ou no Triângulo Dourado (tríplice fronteira entre Tailândia, Laos e Myanmar).
Na nossa parceira Get Your Guide você pode explorar algumas opções de passeios:
Essa é um boa opção para viajantes solo ou para quem precisa otimizar as atrações em pouco tempo. Apenas tenha em mente que você passará bastante tempo na estrada e o tempo de parada em cada lugar será curto.
Para quem viaja em grupo, contratar um tour privado pode ser mais vantajoso.
De ônibus
A GreenBus faz o trajeto do Chiangmai Bus Terminal 3 ao Chiang Rai Bus Terminal 1 por a partir de 171 bahts (cerca de R$ 28) o trecho.
Há vários horários de saída e a viagem dura, em média, de 3:30h a 4h.
A estação de ônibus fica no centro de Chiang Rai, perto de acomodações e restaurantes. Para chegar ao templo, será necessário pegar outro transporte – recomendo pedir um Grab, aplicativo de caronas mais popular da Tailândia.
VALE A PENA VISITAR O TEMPLO BRANCO?
Muitas pessoas se fazem essa pergunta ao planejar uma viagem para a Tailândia. Afinal, Chiang Rai fica completamente fora da rota “Bangkok + ilhas” e não concentra muitas atrações para conhecer.
Por outro lado, Chiang Rai é acessível para quem visita Chiang Mai, com seus tantos outros templos e atividades para fazer.
Por isso, a minha dica é: se você conseguir dedicar pelo menos 3 dias da sua viagem para o combo “Chiang Mai + Chiang Rai”, a visita valerá muito a pena! Acredite, você não encontrará nada parecido com o Templo Branco em outro lugar da Tailândia (e quiça do mundo!).
Tags: Chiang Mai Chiang Rai Tailândia