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“Guia Ouro Preto, MG: saiba o que fazer, onde ficar e muito mais!”


O que fazer em Ouro Preto? Aninhada nas montanhas de Minas Gerais, a cidade encanta com sua arquitetura barroca, pitorescas ruas de paralelepípedos e uma atmosfera constituída pela história colonial, religiosidade e boemia universitária.

Considerada a grande estrela do quinteto fantástico das cidades históricas mineiras, Ouro Preto é, certamente, a mais conhecida delas.

A antiga Vila Rica, posteriormente nomeada Ouro Preto, é uma joia colonial brasileira que já foi uma das mais importantes cidades do país devido à mineração e à corrida do ouro a partir do final do século XVII. Justamente por esse motivo, foi o epicentro da Inconfidência Mineira – um movimento de independência ocorrido no século XVIII na então província de Minas Gerais.

Ouro Preto é, antes de mais nada, um museu a céu aberto que oferece uma riqueza de experiências para todos os gostos: aqueles que buscam sua história e tradição, os que apreciam seu ambiente festivo e gastronômico, e também os que são atraídos por suas deslumbrantes paisagens naturais.

Neste artigo, reunimos dicas de o que fazer em Ouro Preto, para que você aproveite a sua visita da melhor maneira possível!

ONDE FICA OURO PRETO

Ouro Preto está no sudeste do estado de Minas Gerais, a 96 km da capital, Belo Horizonte. Outras cidades históricas próximas a Ouro Preto são Mariana (15 km), Ouro Branco (30 km) e Congonhas (53 km).

A cidade se encontra em um vale no sul da extensa Serra do Espinhaço, considerada a única cordilheira em território brasileiro. Portanto, está em uma região de altitude e com relevo acidentado.

Grande parte da sua área urbana está acima dos mil metros e algumas partes do município estão em áreas ainda mais altas, como é o caso do Pico do Itacolomi, com seus 1.772 metros — um ponto de referência do Parque Estadual do Itacolomi.


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QUANDO IR A OURO PRETO

Celebração durante a Semana Santa em Ouro Preto

Celebração da Semana Santa | Foto: Ane Souz via Flickr

Ouro Preto tem temperaturas amenas, com verões chuvosos e invernos secos.

A estação seca é a melhor época para visitar Ouro Preto, que vai de abril a outubro. Neste período, as temperaturas variam entre 12ºC e 22ºC, ou seja, excelentes para passeios a céu aberto.

Já durante os meses de novembro a março, considerados a época chuvosa, os termômetros em Ouro Preto marcam entre 18ºC e 28ºC. Com as temperaturas mais elevadas, um bom programa é se aventurar nas inúmeras trilhas da Serra do Espinhaço. Apenas tenha atenção às cabeças d’água, comuns durante a estação chuvosa.

Eventos e festividades

Assim como a maioria das cidades históricas mineiras, Ouro Preto conta com um calendário repleto de eventos ao longo do ano. Eles incluem desde festividades nacionais e religiosas até eventos culturais, artísticos e gastronômicos.

Em fevereiro (ou março, dependendo do ano) ocorre o popular Carnaval de Ouro Preto, época em que as ruas são tomadas por blocos carnavalescos e estudantis.

Em março ou abril, acontecem as celebrações da Semana Santa, com diversos ritos religiosos e tapetes coloridos feitos de flores e serragem que enfeitam as ruas da cidade. Além disso, acontece também a Semana da Inconfidência, durante a qual Ouro Preto se torna palco de celebrações cívicas.

Em junho, além da celebração do Corpus Christi, ocorrem as famosas festas juninas, com destaque especial para o dia de Santo Antônio (13 de junho).

Já em julho, Ouro Preto recebe o Festival de Inverno, evento organizado em conjunto com a cidade vizinha de Mariana. Outubro é o mês da tradicional Festa dos 12, evento organizado pelas repúblicas estudantis e ex-alunos da Universidade Federal de Ouro Preto.

Em novembro, tem a Semana do Aleijadinho com apresentações artísticas, oficinas, exposições e concertos em homenagem ao legado do mestre do barroco mineiro. Por fim, em dezembro, além das festividades natalinas, há o Festival Internacional Tudo é Jazz e a Festa da Nossa Senhora da Conceição, celebrada anualmente no dia 8.

QUANTOS DIAS FICAR EM OURO PRETO

Recomendamos reservar de 3 a 4 dias para uma visita completa a Ouro Preto. Naturalmente, a cidade pode ser explorada em menos tempo. Mas nesse caso selecione cuidadosamente as atrações que deseja visitar.

Já se a intenção for conhecer também os arredores do destino, sugerimos ficar pelo menos 5 dias por lá.

ONDE FICAR EM OURO PRETO: MELHORES POUSADAS E HOTÉIS

Casarões no centro histórico Ouro Preto

Foto: Getty Images

Ouro Preto conta com uma ampla oferta de hospedagem. Há serviços de acomodação para todos os gostos: hotéis, pousadas, hostels, bem como diversos alojamentos do tipo “bed & breakfast”.

Se desejar se locomover a pé entre seu hotel e as principais atrações da cidade, dê preferência para hospedagens localizadas no centro histórico – a Praça Tiradentes é um bom ponto de referência.

Caso viaje de carro, vale checar se a hospedagem oferece estacionamento. Isso porque é difícil encontrar vaga para estacionar em Ouro Preto, sobretudo no centro.

Abaixo, reunimos uma boa seleção de hotéis e pousadas para ficar em Ouro Preto:

Econômico

  • La Musica Hostel Ouro Preto: com excelente localização na Praça Tiradentes e a apenas 50 metros do Museu da Inconfidência, esta acomodação conta com dormitórios compartilhados, quartos duplos e familiares com e sem banheiro privativo. Além disso, tem cozinha de uso comum e lounge com uma encantadora vista para as serras de Ouro Preto;
  • History Hostel: está no centro histórico, a apenas 5 minutos de caminhada da Praça Tiradentes. Tem quartos coletivos, assim como privados, e dispõe de cozinha compartilhada e depósito para bagagem;
  • Buena Vista Hostel: fica a 15 minutos a pé do centro histórico e oferece tanto dormitórios coletivos quanto quartos privativos. Dentre as comodidades estão estacionamento grátis, café da manhã, bem como um bar para os hóspedes.

Bom custo-benefício

  • Pousada Solar da Inconfidência: a cerca de 10 minutos da Praça Tiradentes, os quartos desta pousada têm móveis do século XVIII e decoração que agrada aos olhos. Tem recepção 24 horas e oferece estacionamento gratuito, bem como café da manhã incluso nas diárias;
  • Pousada Solar do Carmo: a pousada tem excelente localização e está a apenas 200 metros da Praça Tiradentes e a poucos minutos de caminhada de outras atrações. Dispõe de quartos duplos com varanda, com decoração simples, porém aconchegantes. Tem estacionamento e café da manhã inclusos nas diárias;
  • Pousada Imperial Cidade: distante apenas 5 minutos da Igreja de São Francisco de Paula, a pousada dispõe de quartos amplos e iluminados. Alguns deles contam com varanda. A recepção é 24 horas e o café da manhã bem como o estacionamento são gratuitos.

Conforto

  • Pouso Jardim de Assis: a pousada fica no centro histórico, a poucos passos da Igreja São Francisco de Assis, e tem suítes muito iluminadas e com decoração minimalista. A área comum conta com um lindo jardim e uma sala de estar. Oferece estacionamento gratuito e café da manhã;
  • Grande Hotel de Ouro Preto: fica ao lado o Museu Casa dos Contos, a 5 minutos da Praça Tiradentes. Diferentemente das outras opções de hospedagem, instaladas em casarões coloniais, Oscar Niemeyer projetou este hotel com linhas modernistas na década de 1940. Os quartos contam com diferentes tamanhos e configurações, sendo que alguns têm vista para a Serra do Espinhaço. O hotel tem piscina externa, restaurante e bar;
  • Hotel Solar do Rosário: por fim, este luxuoso hotel colonial está a 800 metros da Praça Tiradentes. Seus quartos são bem equipados e extremamente confortáveis, com móveis elegantes em madeira. Além disso, as instalações são fora de série: duas piscinas, academia, restaurante, bar assim como estacionamento privativo.

O QUE FAZER EM OURO PRETO: PRINCIPAIS ATRAÇÕES

Embora não seja uma cidade grande, Ouro Preto conta com muitas atrações. Apenas em termos de igrejas e capelas abertas à visitação, por exemplo, são pelo menos 20. Há ainda outros edifícios históricos, museus, praças e mirantes, assim como bares e restaurantes para incluir no roteiro pela cidade mineira.

A seguir, detalhamos as principais atrações de Ouro Preto.

Praça Tiradentes

Praça Tiradentes em Ouro Preto

Museu da Inconfidência na Praça Tiradentes | Foto: Ane Souz via Flickr

A Praça Tiradentes é o principal espaço urbano de Ouro Preto e um ponto de referência tanto para visitantes quanto para moradores.

O nome da praça é uma homenagem ao mártir da Inconfidência Mineira – Tiradentes – cuja cabeça foi exposta nesse mesmo lugar em 1792. No local onde a cabeça supostamente esteve, foi erguido um monumento de granito curiosamente posicionado de costas para a antiga residência do governador.

Outrora conhecida como Morro de Santa Quitéria (século XVIII) e Praça da Independência (século XIX), a atual Praça Tiradentes teve seu conjunto arquitetônico estabelecido a partir de 1750.

Hoje, ela abriga casarios coloniais como o conjunto Alpoim, além de dois importantes edifícios históricos: o Museu da Inconfidência (antiga Casa de Câmara e Cadeia, de 1784) e o Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas/UFOP (antigo Palácio dos Governadores).

A praça também é endereço de restaurantes de culinária mineira, lojas de artesanato e um ponto de atendimento ao turista.

Igrejas e Capelas

Matriz Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto

Igreja de Nossa Sra. da Conceição | Foto: Ane Souz via Flickr

Para além de edifícios religiosos, as igrejas e capelas de Ouro Preto são verdadeiras obras-primas da arquitetura barroca mineira, contendo um valioso acervo de arte setecentista composto por pinturas e esculturas dos artistas mais renomados da época, como Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho), Manuel Francisco Lisboa (seu pai), Mestre Ataíde e Francisco Xavier Brito.

Você ficará surpreso com o interior das igrejas devido à riqueza de detalhes e materiais que compõem as obras de arte do acervo, tornando-as semelhantes a museus. Porém, tenha em mente que o registro fotográfico não é permitido.

Apesar do grande número de edificações religiosas abertas para visitação, nem todas têm horário regular de abertura, o que pode causar certa frustração.

Além disso, em quase todas elas é cobrada uma taxa de entrada, geralmente simbólica, a partir dos R$5 por pessoa (caso seja estudante, leve uma identificação que comprove para pagar meia entrada).

Confira abaixo as principais igrejas e capelas de Ouro Preto que merecem entrar no seu roteiro:

Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição

A Igreja Matriz, oficialmente Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, é um dos mais formidáveis exemplares da arquitetura sacra barroca do país. Construída entre 1727 e 1746, é uma das igrejas mais antigas de Ouro Preto.

O projeto e execução são de autoria de Manuel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho. É importante ressaltar que a fachada sofreu alterações no século XIX, portanto, não é original. O interior abriga um rico acervo de arte barroca, além dos túmulos de Aleijadinho e seu pai.

Ali também funciona parte do Museu Aleijadinho, que compõe um circuito junto de mais duas igrejas da cidade: Igreja São Francisco de Assis e Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Perdões.

A Matriz fica aberta para visitação de terça-feira a domingo, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h. A entrada custa R$10.

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar

A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar é mais uma notável obras do barroco mineiro e um dos principais pontos turísticos de Ouro Preto.

Construída no século XVIII a partir de uma capela do século XVII, esta igreja é conhecida por sua magnífica decoração interior, especialmente pelos mais de 400 quilos de ouro utilizados na ornamentação.

Além disso, ela abriga uma coleção de imagens sacras e altares ricamente trabalhados. Inclusive, o Museu de Arte Sacra fica dentro das instalações da igreja. O ingresso combinado (igreja e museu) custa R$15. O local fica aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 10h45 e das 12h às 16h45.

Igreja de São Francisco de Assis

Outra que não pode ficar para trás no seu roteiro por Ouro Preto é a Igreja de São Francisco de Assis. Localizada no centro histórico, a poucos passos da Casa de Tomás Antônio Gonzaga, foi construída a partir da segunda metade do século XVIII até meados do século XIX.

Esta igreja é notável por sua fachada ricamente decorada e sua ornamentação interior requintada. Projetada por Aleijadinho e decorada pelo Mestre Ataíde, a igreja abriga obras de arte significativas, como os painéis de azulejos e os altares folheados a ouro. Ela faz parte do circuito de igrejas do Museu Aleijadinho.

Aberta de terça-feira a domingo, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h, seu ingresso custa R$10.

Uma vez nela, aproveite para percorrer a tradicional Feira de Artesanato de Ouro Preto – conhecida pelos objetos em pedra sabão – que ocorre todos os dias no Largo da Coimbra, em frente à Igreja.

Igreja da Nossa Senhora do Rosário

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário remonta à segunda metade do século XVIII e tem como característica sua fachada curva e planta em formato oval. Seu interior, porém, é mais singelo quando comparado às demais igrejas.

Destaca-se não apenas por sua beleza arquitetônica, mas também por sua importância histórica e cultural como um centro de devoção religiosa para a comunidade afrodescendente durante o período colonial. O acesso é gratuito.

Igreja Nossa Senhora do Carmo

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo fica no alto do Morro de Santa Quitéria, ao lado da Praça Tiradentes.

O projeto arquitetônico é de Manuel Francisco Lisboa, além de ter contribuições do próprio Aleijadinho e decoração interior de Mestre Ataíde. A fachada da igreja é adornada com detalhes elaborados de anjos barrocos, enquanto o interior abriga altares e imagens sacras ricamente ornamentados.

No edifício anexo à igreja está o Museu do Oratório, com um acervo belíssimo de 162 oratórios e 300 imagens sacras datadas dos séculos XVII ao XX. Os ingressos combinados (igreja e museu) custam R$10.

A igreja fica aberta para visitação de terça-feira a sábado, das 8h30 às 11h e das 13h às 16h50, e aos domingo, das 10h às 15h. Já o museu funciona de quinta a segunda, das 9h30 às 17h30.

Igreja de São Francisco de Paula

A Igreja de São Francisco de Paula marca a paisagem de Ouro Preto, pois suas torres podem ser vistas de longe, uma vez que ela está localizada em um dos pontos mais altos da cidade.

De arquitetura em estilo barroco mineiro e rococó, é uma das igrejas mais recentes de Ouro Preto, com construção concluída em 1804. Tem fachada simples e em seu interior há um altar com imagem de São Francisco de Paula, obra de Aleijadinho. Além de seu valor artístico, a igreja tem uma vista panorâmica de toda Ouro Preto. A entrada é gratuita.

Dica: se você tiver tempo de sobra e se interessar pelo circuito religioso de Ouro Preto, outros edifícios históricos que valem a visita são a Igreja de Santa Efigênia (1733-1785), a Igreja do Padre Faria (1710), a Igreja Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia (1772), a Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões (1775), a Igreja de São José (1811) e, por fim, a Capela Nossa Senhora das Dores (1835).

Museus

Edifício da Museu Casa dos Contos

Museu Casa dos Contos | Foto: Ane Souz via Flickr

Para além das igrejas barrocas, Ouro Preto também conta com uma grande variedade de museus dedicados à sua história e arte sacra. Eles auxiliam os visitantes a compreender a dimensão histórica de Vila Rica, além de proporcionar uma percepção sobre como a síntese de religião, mineração e escravidão contribuiu para a formação dessa cidade que hoje conhecemos como Ouro Preto.

Atualmente, existem 13 museus ativos no destino, dos quais destacaremos os 5 principais (com exceção dos já citados acima Museu Aleijadinho, Museu de Arte Sacra e Museu do Oratório):

Museu da Inconfidência

O Museu da Inconfidência está no coração de Ouro Preto, na Praça Tiradentes, em um edifício construído entre 1755 e 1855 que já sediou a Casa de Câmara e Cadeia da cidade. Funcionando como museu desde 1944 e é dedicado à preservação da memória e história dos líderes da Inconfidência Mineira.

Para além do acervo relacionado aos inconfidentes, há também um enfoque sobre a história de Minas Gerais dos séculos XVIII e XIX por meio de artefatos, documentos e obras de arte relacionados à vida social, política e econômica desse período.

Os visitantes podem ainda explorar outras exposições temporárias na Sala Manoel da Costa Athaíde e conhecer a biblioteca, composta por cerca de 19 mil volumes.

A entrada é gratuita e há um audioguia disponível no Spotify que ajuda a ir ainda mais a fundo na temática do museu. Ele abre de terça a domingo das 10h às 18h (último acesso às 17h).

Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas

O Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) fica no antigo Palácio dos Governadores, também na Praça Tiradentes. A edificação foi erguida em 1741 a partir do projeto de Manuel Francisco Lisboa.

O museu é um espaço dedicado à preservação e divulgação do patrimônio científico nacional, especificamente nas áreas de mineralogia, história natural, metalurgia, astronomia, topografia e desenho.

A instituição abriga uma rica coleção de equipamentos, instrumentos e objetos utilizados ao longo da história da mineração e metalurgia no Brasil, com destaque para as 20 mil amostras de minerais da Escola de Minas, a mais antiga escola de engenharia do Brasil.

O acervo, bastante técnico e pouco interativo, é mais interessante para quem tem curiosidade por conhecimento científico e tecnológico. Devido à sua localização, o edifício tem uma das mais belas vistas da cidade, especialmente ao pôr do sol.

O museu funciona de terça a domingo das 12h às 17h e custa R$10.

Casa de Tomás Antônio Gonzaga

A Casa de Tomás Antônio Gonzaga, construção colonial localizada a poucos passos da Igreja de São Francisco de Assis, é um ponto histórico dedicado à memória do poeta brasileiro do século XVIII. Gonzaga é conhecido tanto por sua participação na Inconfidência Mineira quanto por sua obra literária, especialmente pelo poema épico Marília de Dirceu.

A casa onde Gonzaga residiu durante sua estadia em Ouro Preto é agora um museu que oferece aos visitantes a oportunidade de explorar sua vida, obra e legado. O espaço exibe objetos pessoais, documentos, além de mobiliário da época em que Gonzaga viveu.

Hoje o local também é sede da Secretaria de Turismo e do Centro de Atendimento ao Turista. Não deixe de visitar os jardins, nos fundos da propriedade, lindíssimos. A entrada é gratuita e seu funcionamento é de terça a sexta, das 10h às 18h, e aos sábados e domingos, das 8h às 18h.

Museu Casa dos Contos

A Casa dos Contos, construída entre 1782 e 1784, é um importante marco histórico de Ouro Preto e do período colonial brasileiro.

Originalmente construída como residência particular, foi posteriormente convertida em uma casa de arrecadação de impostos, daí seu nome. Hoje em dia o edifício abriga um museu que oferece aos visitantes uma visão fascinante da economia e da sociedade da época colonial, bem como da história da mineração em Minas Gerais.

O museu exibe uma coleção de documentos da Casa da Moeda do Brasil, além de mobiliário de época. Destaque para a própria arquitetura barroca do casarão, além da senzala e do Horto dos Contos, um grande bosque na parte de trás da propriedade.

Aberto de terça a domingo, das 10h às 16h (aos domingos até às 14h), a entrada é gratuita.

Museu Casa dos Inconfidentes

A Casa dos Inconfidentes é um monumento histórico que desempenhou um papel crucial durante o período da Inconfidência Mineira. Erguida no século XVIII no alto do Morro do Cruzeiro, esta casa é supostamente conhecida por ter servido como ponto de encontro para os líderes e conspiradores do movimento de independência de Minas Gerais.

Hoje em dia o edifício abriga um museu que apresenta uma coleção de mobiliário dos séculos XVIII e XIX. Embora o acervo não seja muito extenso, é recomendável fazer uma visita guiada para compreender melhor o contexto histórico da casa dentro do movimento da Inconfidência.

Ela está a 2 km do centro histórico, tem entrada gratuita e funciona de segunda a sexta, das 10h às 15h30.

Minas de ouro

Entrada da Mina do Jeje

Foto: Ane Souz via Flickr

As minas de ouro da antiga Vila Rica desempenharam um papel crucial na história do Brasil colonial. Devido à sua localização em uma região montanhosa e de relevo acidentado, a cidade foi palco de intensa atividade de mineração durante todo o século XVIII, tornando-se um dos principais centros de extração de ouro do país.

Essas minas atraíram uma grande quantidade de pessoas em busca de riqueza, incluindo exploradores que utilizavam mão de obra escrava.

A riqueza gerada pela mineração do ouro contribuiu significativamente para o desenvolvimento econômico e cultural da região, deixando um legado marcante na arquitetura e na cultura de Ouro Preto.

No entanto, com o esgotamento das jazidas e a consequente queda na produção de ouro, a atividade mineradora entrou em declínio já no início do século XIX.

Se tiver interesse em visitar algumas das antigas minas de ouro – que consiste em caminhar junto a um guia pelos túneis de mineração – existem sete delas abertas à visitação: a Mina do Chico Rei, a Mina do Bijoca, a Mina 13 de maio, a Mina do Jeje, a Mina du Veloso, a Mina Santa Rita e, finalmente, a Mina do Palácio Velho. As entradas custam de R$30 a R$60 por pessoa.

COMO CHEGAR EM OURO PRETO

Centro histórico de Ouro Preto, em Minas Gerais

Foto: Jade Marchand via Unsplash

A cidade de Ouro Preto tem fácil acesso, tanto de carro quanto de ônibus, devido a sua proximidade com a capital do estado, Belo Horizonte. 

Para aqueles que vem de cidades mais distantes, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (CNF), em Confins, é o mais próximo.

Abaixo, listamos os principais meios de locomoção para se chegar a Ouro Preto:

De carro

A partir de Belo Horizonte (96 km), a rota mais rápida é pela BR-040. Siga em direção ao Rio de Janeiro por 20 km. Em seguida, pegue a BR-356 (Rodovia dos Inconfidentes) em direção a Ouro Preto/Mariana. A viagem tem duração de cerca de 1h30.

Saindo do Rio de Janeiro (397 km), o trajeto recomendado é via BR-040 em direção a Belo Horizonte. Em Conselheiro Lafaiete (MG), pegue a MG-129 em direção a Ouro Branco. Depois, siga pela mesma rodovia até Ouro Preto. Essa viagem tem uma duração aproximada de 5h30

Partindo de São Paulo (675 km), a rota mais rápida é pela BR-381 (Rodovia Fernão Dias) até Belo Horizonte. Em seguida, siga pela BR-040 em direção ao Rio de Janeiro até o Trevo Alphaville, onde há o desvio para acessar a BR-356 (Rodovia dos Inconfidentes) que segue até Ouro Preto/Mariana. A viagem tem duração média de 8h.

De ônibus

Empresas de ônibus operam trechos que ligam, de forma direta, algumas capitais do Sudeste a Ouro Preto. Para quem parte de Belo Horizonte a viagem é tranquila e rápida. Já quem vem do Rio de Janeiro ou São Paulo, precisará encarar mais horas de estrada.

Abaixo, listamos as principais rotas de ônibus para Ouro Preto:

  • De Belo Horizonte: há uma grande variedade de horários de ônibus oferecidos pela Viação Pássaro Verde, em uma viagem que dura cerca de 2 horas (a partir de R$43,57);

  • Do Rio de Janeiro: há dois horários diários de ônibus oferecidos pela Viação Útil numa viagem de aproximadamente 9 horas (a partir de R$166,88);

  • De São Paulo: a Viação Útil também é a companhia que opera o trecho da capital paulista até Ouro Preto. Há apenas um horário por dia (parte às 20h da rodoviária do Tietê) em uma viagem longa, de 13 horas (a partir de R$160).

De transfer

Outra opção para chegar em Ouro Preto é por meio de um transporte particular, como táxi, Uber ou transfer privativo.

Essa é uma boa alternativa para quem desembarca no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (CNF) e não quer alugar um carro e nem ir até a rodoviária de Belo Horizonte para pegar o ônibus. Ou seja, perfeito para quem busca conforto.

Partindo do aeroporto são aproximadamente 145 km até Ouro Preto em uma viagem de cerca de 2 horas. O custo aproximado deste trajeto varia entre R$300 a R$450A Turismo Ouro Preto oferece transfer privado para Ouro Preto a partir de R$450 o trecho em um carro para até 4 pessoas.

COMO SE LOCOMOVER EM OURO PRETO

Vista panorâmica de Ouro Preto, em Minas Gerais

Foto: Ane Souz via Flickr

Ouro Preto é conhecida tanto por seu patrimônio histórico quanto por suas… ladeiras! A cidade está em uma região montanhosa de relevo acidentado, portanto, é importante estar preparado fisicamente para caminhar ladeira acima e abaixo.

Apesar do sobe e desce, se locomover a pé em Ouro Preto é a melhor alternativa para conhecer a cidade. Para além do esforço físico, há várias recompensas, como caminhar por um museu a céu aberto e explorar pequenos tesouros espalhados pelo destino que passam desapercebidos dentro de um automóvel.

Caso você deseje poupar esforços e esteja com carro, tenha atenção ao estacionar. Essa pode ser uma tarefa difícil em Ouro Preto, principalmente no centro. Se preferir, há táxis na cidade que rodam com taxímetro.

Outra alternativa, principalmente se deseja conhecer Ouro Preto para além do seu limite urbano e chegar, por exemplo, em Mariana, é usar os ônibus, que contam com linhas municipais e intermunicipais. Trajetos urbanos custam R$3,35, enquanto para cidades vizinhas (com é o caso de Mariana) custam R$6,45.

O Trem da Vale é outro meio de transporte que liga as duas cidades através da antiga ferrovia que serpenteia a serra. Entretanto, ele está suspenso por tempo indeterminado. Acompanhe o site da prefeitura para futuras atualizações.

Baixe o mapa

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Sem dúvida Ouro Preto é uma das cidades históricas mais encantadoras do Brasil. Além de sua arquitetura barroca exuberante e patrimônio histórico rico e bem conservado, a cidade ainda oferece outras atrações que contribuem para a sua aura mágica.

Por exemplo, a sua cena universitária que traz um clima jovem e festivo para o destino. Além disso, há as belezas naturais e a paisagem deslumbrante na qual a cidade está inserida. Em outras palavras, em Ouro Preto você encontrará a perfeita síntese de arquitetura, história e natureza em um único cenário.

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