TOPO

“O que fazer em Kyoto, no Japão: melhores atrações do destino”


O que fazer em Kyoto vai muito além dos pontos turísticos mais conhecidos. Apesar de estar cada vez mais tomada pelo turismo de massa, a antiga capital do Japão ainda preserva um charme único e, sem dúvida, merece entrar no seu roteiro pelo país.

A verdade é que Kyoto é mundialmente famosa por manter viva, como poucas cidades, a alma tradicional japonesa. Por lá, ainda é possível encontrar casas de chá e restaurantes tradicionais, escolas de gueixas, arquitetura antiga em madeira, templos super bem preservados (em um país que sofreu tanto com a guerra) e muitas outras belezas que tornam a cidade especial.

E mesmo com atrações tão famosas, que reúnem milhares de visitantes todos os dias (e acredite, elas valem a pena!), basta sair um pouco do burburinho turístico para encontrar uma Kyoto mais pacata, tradicional e com uma energia completamente diferente.

Neste guia, compartilho com você as melhores atrações que pude conhecer durante um mês explorando cada cantinho da cidade. Além disso, também dou dicas práticas para te ajudar a planejar os deslocamentos e organizar melhor o roteiro, além de sugestões de hospedagem!

QUANTOS DIAS FICAR EM KYOTO

Para conhecer os principais pontos turísticos de Kyoto, separe de 3 a 4 dias na cidade. Isso vai permitir que você organize as atrações por região e curta o principal de uma forma tranquila.

Caso tenha tempo para uma experiência mais completa, considere estender a estadia para 5 ou 6 dias. Dessa forma, você vai conseguir incluir outras atividades únicas, mas que demandam um pouco mais de tempo.

Outra vantagem de Kyoto é que a cidade pode ser usada como base para conhecer destinos próximos, como Nara e Osaka (embora Osaka mereça mais tempo). Caso essa seja a sua escolha, tente incluir mais alguns dias na estadia e procure se hospedar próximo da Kyoto Station.

ONDE SE HOSPEDAR EM KYOTO

Rua tranquila no bairro de Higashiyama, em Kyoto

Rua tranquila no bairro de Higashiyama

Diferente do que muitos pensam, Kyoto é uma cidade grande. Apesar disso, boa parte das atrações turísticas está concentrada nas regiões central e leste. Por isso, os bairros que ficam nessas áreas são os mais práticos para se hospedar.

No entanto, mais importante do que focar somente nos bairros é priorizar a proximidade às estações de trem e metrô, já que são elas que facilitarão os deslocamentos no dia a dia. Aliás, é exatamente assim que os próprios moradores se localizam por lá.

Para quem deseja vivenciar o lado mais tradicional de Kyoto, a região de Higashiyama, principalmente o bairro de Gion, é a melhor escolha. É ali que ficam as famosas ruas de paralelepípedo, as casas de chá e onde é possível avistar gueixas circulando em trajes típicos. Porém, saiba que o turismo ali é intenso e as diárias são mais caras. As estações de metrô mais próximas são a Sanjo e Higashiyama Station.

Quem prefere ficar no centro comercial, com muitas opções de lojas, restaurantes e fácil acesso à vida noturna, vai se dar bem nas proximidades das estações Kawaramachi, Karasuma e Shijo.

Por outro lado, se você prefere ter mais praticidade nos deslocamentos além de Kyoto, especialmente para fazer bate-voltas de trem para cidades próximas, é mais conveniente se hospedar nos arredores da estação central de Kyoto, a Kyoto Station (Kyoto Eki).

Como cada região tem suas particularidades, preparamos um guia completo com os melhores bairros para ficar em Kyoto. Abaixo, reuni uma seleção de hotéis bem localizados para se hospedar nas áreas mais recomendadas da cidade:

Econômico

  • Ryokan Hostel Gion: situado em uma rua tranquila de Gion, este hostel oferece quartos privativos e compartilhados com gostinho de ryokan. Os beliches são forrados com tatami, o que remete a um cômodo tradicional japonês. Conta com um espaço comum aconchegante e serviço de locação de bicicletas;
  • Len Kyoto Kawaramachi: é um hostel moderno em Kawaramachi, nas proximidades do rio Kamo e a uma curta caminhada de diversas atrações. Conta com quartos privativos e compartilhados, além de espaços para socialização. Na parte térrea, funciona um bar/restaurante/espaço de coworking;
  • K’s House Kyoto: está a 10 minutos de caminhada da Kyoto Station e possui quartos privativos e compartilhados. Também conta com cozinha comunitária, área de convivência e serviço de aluguel de bicicletas.

Bom custo-benefício

  • Kyoto Sanjo Ohashi: com kitnets simples, mas completas, que acomodam até 4 pessoas, é uma ótima opção para quem viaja em grupo. As unidades têm bom tamanho, cozinha equipada, ar-condicionado e varanda;
  • Hotel Legasta Kyoto Higashiyama Sanjo: próximo ao Parque Okazaki, oferece boas opções para casais e famílias. Os quartos são amplos, modernos e com banheiro no estilo ocidental. Algumas tarifas incluem café da manhã;
  • Hotel Vista Premio Kyoto Kawaramachi St: com decoração clássica e ótima localização, é uma escolha segura para quem não quer errar. Além disso, conta com restaurante e recepção 24h;
  • Sotetsu Fresa Inn Kyoto-Hachijoguchi: simples e funcional, é uma boa opção para quem quer ficar nas proximidades da Kyoto Eki. Conta com café da manhã no estilo japonês e produtos de higiene pessoal gratuitos.

Conforto

  • The Thousand Kyoto: ao lado da Kyoto Station, este hotel 5 estrelas oferece design minimalista e luxuoso, com serviço completo. Bar, restaurante, academia e spa compõem a experiência. Os quartos são amplos e contam com ótimas instalações;
  • The Gate Hotel Kyoto Takasegawa by Hulic: a uma curta distância da estação Kawaramachi, também está próximo a Gion, Pontocho e diversas atrações. Moderno e bem decorado, esse hotel 5 estrelas conta com restaurante, academia, bar e lounge. O café da manhã e a ampla varanda dos quartos são um diferencial da estadia;
  • Ishibekoji Muan: é um ryokan (típica hospedagem japonesa) luxuoso em meio a Gion, para uma experiência completa no destino. Os quartos contam com tatami, futon, mesa e cadeiras em estilo japonês, proporcionando uma experiência autêntica e relaxante. O ofurô de madeira e as refeições tradicionais são os grandes destaques da estadia.

O QUE FAZER EM KYOTO: 17 ATRAÇÕES IMPERDÍVEIS

Santuário Fushimi Inari

Entrada do santuário Fushimi Inari, em Kyoto no Japão

Entrada do santuário Fushimi Inari

Um dos principais cartões-postais de Kyoto, Fushimi Inari não se trata de um, mas de um conjunto de pequenos santuários espalhados pela montanha de mesmo nome, Inari. No local, está um famoso percurso com milhares de portais vermelhos enfileirados (os TORII) que nos levam até o topo, a 233 m.

Esse é o maior e mais conhecido dos cerca de 30.000 (sim, trinta mil!) santuários dedicados à deusa Inari no Japão. Ela, que é associada à abundância e riqueza, atrai milhões de pessoas que vêm, todos os anos, fazer as suas preces.

Uma curiosidade é que esses toriis são doações para pedir a realização de seus desejos ou agradecer pelos já realizados. Tanto é que, em cada um deles, você encontra o nome da pessoa ou empresa doadora.

 

A entrada é gratuita, mas o gasto aqui é de energia. Separe, pelo menos, duas horas, água e fôlego para conseguir chegar até o alto da colina e fazer o seu pedido à deusa dos negócios prósperos.

Depois da caminhada, você encontrará uma pequena feirinha próximo à saída e poderá recarregar as energias com alguma indulgência japonesa.

O Santuário fica aberto 24h por dia, então a dica é chegar bem cedinho (preferencialmente antes das 8h) e fazer o percurso com calma, tirando todas as fotos que quiser e tendo um momento só seu neste lugar mágico.

Dica: a maneira mais prática para chegar ao santuário, que fica afastado do centro, é desembarcando na Inari Station, que se conecta à Kyoto Station em apenas 5 min com o trem da companhia JR (Nara Line). Inclusive, é possível usar o JR Pass no percurso.

Pavilhão de Ouro Kinkaku-ji

Pavilhão de Ouro (Kinkaku-ji) em Kyoto, no Japão

O imponente Pavilhão de Ouro Kinkaku-ji

Outra atração imperdível em Kyoto é o Kinkaku-ji, um templo zen budista localizado na parte norte da cidade.

Conhecido como Pavilhão de Ouro, o Kinkaku-ji tem três andares, sendo que os dois superiores são folheados a ouro! Bastante imponente, cada andar apresenta um estilo arquitetônico diferente, representando a alta aristocracia de sua época.

Originalmente, o local servia como casa de repouso do shogun Ashikaga Yoshimitsu (líder militar do Japão). Ele viveu ali até sua morte, em 1408. Foi depois disso que o edifício foi transformado em templo budista e e é a única construção que restou do antigo complexo residencial do shogun.

Embora não seja possível entrar no templo, é possível ver, através das portas (geralmente abertas), as estátuas de Shaka Buda e do próprio Yoshimitsu, localizadas no térreo.

Você também poderá passear pelos jardins do templo, que se mantêm no design original da época de Yoshimitsu. Lá, você encontrará ainda o Lago Anmintaku (que dizem que nunca seca) e e estátuas onde os visitantes jogam moedas para atrair sorte.

O Kinkaku-ji é aberto diariamente, das 9h às 17h, e a entrada ao complexo custa 500 ienes.

Dica: há várias linhas de ônibus conectando o centro da cidade até o ponto de parada KinkakujimichiI, sendo esse o meio de transporte mais prático e econômico para alcançar o templo.

Para quem quiser visitar o Ginkaku-ji (Pavilhão Prateado) no mesmo dia, a linha 204 conecta os dois templos.

Pavilhão de Prata Ginkaku-ji

Pavilhão Prata (Ginkaku-ji) em Kyoto, no Japão

Aqui, o destaque são os jardins

Inspirado no Pavilhão de Ouro, Ginkaku-ji, também chamado de Pavilhão de Prata, foi construído algumas décadas depois, pelo neto do shogun Yoshimitsu. Porém, Ashikaga Yoshimasa (o neto) morreu antes da conclusão dessa obra. E o lugar, conforme ordenado em seu testamento, logo se transformou em templo budista.

O Ginkaku-ji é esteticamente bem mais simples que o extravagante de ouro. No entanto, diferencia-se pelo estilo mais contemporâneo, uma paixão do seu criador.

A grande curiosidade aqui talvez esteja atrelada ao seu nome popular, Pavilhão de Prata. De fato, o Ginkaku-ji nunca foi folheado a prata. O que dizem é que ele passou a ser chamado assim para se diferenciar do Pavilhão de Ouro, sua inspiração. Outra versão é de que a luz da lua cheia, refletida nas paredes do pavilhão, dá a ele um tom prateado. O que vale, acredito, é conhecê-lo de perto, admirar a sua beleza e tirar as suas próprias conclusões.

No passeio ao Ginkaku-ji, além de conhecer a área exterior do pavilhão (não é permitido entrar), você passará pelo inusitado jardim de areia e pelo belíssimo jardim de musgos. Tudo pode ser admirado percorrendo-se o caminho circular meticulosamente desenhado no interior do complexo.

O templo abre das 8h30 às 17h de março a novembro, das 9h às 16h30 de dezembro a fevereiro. A entrada custa 500 ienes.

Dica: uma vez no Ginkaku-ji, aproveite para estender a caminhada até o Caminho do Filósofo, um passeio especialmente bonito durante a floreada de cerejeiras. Nos arredores, também há vários cafés e lojinhas.

Templo das Águas Kyomizu-dera

Templo Kyomizu-dera durante a florada das cerejeiras

Templo Kyomizu-dera durante a florada das cerejeiras

Declarado Patrimônio Mundial Cultural da UNESCO, o impressionante templo budista Kiyomizu-dera, também chamado de Templo das Águas, não pode ficar de fora de um roteiro em Kyoto.

A área do templo é extensa e possui diversos pontos a serem explorados, mas um dos grandes destaques é a plataforma de madeira do Hall Principal (Hondo). Com 13 metros de altura, as vigas dessa estrutura sustentam-se apenas encaixando-se entre si, sem a presença de sequer um prego.

E a beleza e a grandiosidade do complexo continuam…

Logo na entrada, o portão principal Nio-mon e o portão leste Sai-mon já chamam a atenção pela imponência. Seguindo o percurso, próximo à pagoda de três andares, você encontrará o Zuigu-do, um edifício dedicado a divindades do casamento, nascimento e criação dos filhos.

Ao final, está a famosa cascata Otowa, com seus três canais de água que caem em uma lagoa. Segundo a crença, quem beber dessas águas terá saúde, longevidade e sucesso nos estudos.

Próximo ao hall principal, temos ainda o Jishu-jinja, santuário casamenteiro dedicado a Ookuninushi, divindade do amor. Nele, há duas “pedras do amor” posicionadas uma à frente da outra. Quem conseguir caminhar de olhos fechados de uma até a outra, acredita-se, encontrará seu amor verdadeiro.

O templo abre diariamente, das 6h às 18h, e o ingresso custa 400 ienes. Em três períodos do ano, o local também abre excepcionalmente à noite (veja as datas).

Dica: combine a visita ao templo Kiyomizu-dera com um passeio pelo tradicional bairro Gion e uma caminhada nos entornos do Rio Kamo, já que as atrações ficam na mesma região da cidade.

Floresta de Bambus de Arashiyama

Floresta de Bambus de Arashiyama

Floresta de Bambus às 7h da manhã

Embora seja uma das principais atrações de Kyoto, eu diria que a tão conhecida Floresta de Bambus de Arashiyama é um passeio para poucos. Isso porque ela fica numa região afastada dos outros pontos turísticos mais conhecidos e, portanto, incluí-la num roteiro apertado não faz muito sentido. Você perde bastante tempo se deslocando e pouco tempo curtindo o lugar.

O local é uma plantação de bambus milenares com visual calmo e pacífico, onde é possível percorrer um corredor (coisa de 100 m, talvez) que é aberto ao público. Mas… é muito turístico e, dependendo do horário, você não verá nada além de multidões lutando por um espaço para as fotos.

Por isso, caso você tenha tempo, eu recomendo que chegue bem cedo e tire o dia para curtir todo o bairro de Arashiyama e explorar outras atrações além da floresta. De fato, essa é uma atividade que atrai muitos locais que querem aproveitar a natureza e um tempo a céu aberto.

 

Outras atrações de Arashiyama

Dali, é possível fazer uma caminhada no parque dos macacos, o Arashiyama Monkey Park Iwatayama (600 ienes), ou fazer um passeio de barco pelo rio Katsura (há várias opções). Aproveite para cruzar e apreciar a vista da ponte de madeira Togetsukyo, símbolo dessa região.

Outro destaque de Arashiyama são os templos. O Tenryu-ji fica próximo à floresta de bambus e tem como destaque o seu belo jardim (500 ienes). Nesse mesmo templo, inclusive, é possível almoçar no Tenryuji Temple Shigetsu (tem que reservar), um restaurante zen budista e vegetariano com título Bib Gourmand no Guia Michelin.

Outro templo interessante e bastante peculiar, mas um pouco mais distante das demais atrações, é o Otagi Nenbutsu-ji (300 ienes). Lá, 1200 estátuas de pedra dos discípulos de Buda, com as mais diversas expressões faciais, ficam espalhadas pelo complexo.

Dica: partindo da Kyoto Station, a linha de trem San-In da companhia JR se conecta à Saga-Arashiyama Station em menos de 20 min. De lá, 10 min de caminhada te levarão à floresta dos bambus.

Para quem não possui o JR Pass, também pode valer a pena pegar o bonde temático que parte da Shijō-Ōmiya Station (no centro de Kyoto) e vai até a Arashiyama Station (250 ienes).

Nishiki Market

Corredor movimentado no Nishiki Market, em Quioto

Corredor movimentado no Nishiki Market

O Nishiki Market é um tradicional mercado de rua no centro de Kyoto que merece ser conhecido. Apesar de bastante turístico, ainda hoje é muito frequentado por moradores locais. Lá, você encontra uma variedade incrível de alimentos e produtos típicos da região.

Seis quarteirões de ruas estreitas, cheias de lojinhas lado a lado, dão o tom da experiência. E você encontra de tudo: chás, cerâmicas, frutos do mar, algas, cutelaria, doces típicos e chips das mais variadas frutas e legumes.

Várias barraquinhas oferecem degustações de seus produtos, então você terá a chance de experimentar diversas iguarias antes de decidir o que levar para casa. Para quem quiser almoçar, há ainda pequenos restaurantes e izakayas que servem a autêntica gastronomia de Kyoto.

O horário de funcionamento varia de loja para loja, mas a maior parte do comércio abre das 10h às 18h. Recomendo chegar antes das 11h, pois o movimento aumenta bastante depois das 12h. Se o tempo estiver bom, vale fazer como os locais e levar suas compras para um lanche nas margens do Rio Kamo.

Rio Kamo

Final de tarde nas margens do Rio Kamo, em Quioto

Final de tarde nas margens do Rio Kamo

Nada mais típico de Kyoto do que sentar-se às margens do Rio Kamo e aproveitar o fim de tarde. Principalmente quando o clima está bom, você verá pessoas sentadas ali, petiscando algo e bebendo uma cerveja ou chu-hai (bebida alcoólica gaseificada à base de fruta).

A dica aqui, então, é para aquele momento no fim da tarde em que você já está cansado e com fome, precisando reabastecer as energias.

Quando estiver na região central de Kyoto, faça uma pausa na programação, passe em um konbini (não faltam unidades da 7-Eleven, Lawson e Family Mart por ali), compre um lanchinho e caminhe em direção ao Rio Kamo. Encontre seu cantinho e curta o pôr do sol de uma forma tipicamente quiotense!


Leia também:


Santuário de Yasaka

Portão do Santuário de Yasaka, em Quioto

Portão principal do Santuário de Yasaka

Yasaka Jinja é um santuário xintoísta localizado no coração de Kyoto, ao final da rua comercial Shijo. Uma grande escadaria e um imponente portal vermelho marcam a entrada desse local sagrado. A partir daí, você adentra a área principal, onde está o santuário em si e um palco central adornado com lanternas.

As preces feitas aqui são, em geral, pedidos por beleza e riqueza. Dirija-se à fachada da construção principal, jogue uma moeda, faça seu desejo e toque o sino preso à corda, tudo com muita intenção.

Durante o Festival de Gion, que acontece em julho, é para lá que vão os carros alegóricos dedicados à deusa Yasaka, transformando Kyoto em uma cidade iluminada e cheia de festividades.

Outro ponto interessante a ser visitado logo após o Yasaka Jinja é o Parque Maruyama. Para chegar até ele, basta cruzar a área principal do santuário e seguir em frente. O parque é bastante visitado na época da floração das cerejeiras, sendo um dos primeiros lugares da cidade a receber as sakuras. Aproveite o passeio e tome um sorvete de sakura com matcha enquanto relaxa no parque.

Bairro Gion

Gion, o bairro das Gueixas em Kyoto

Gion, o bairro das Gueixas em Kyoto

Conhecido como bairro das gueixas em Kyoto, Gion é um charme por si só. Caminhar por suas ruas de paralelepípedo durante a noite, entre casas tradicionais antigas e lanternas, é como uma viagem no tempo.

É lá também que você encontra a maioria das “ochaya”, famosas casas de chá japonesas, onde você pode participar de uma cerimônia de chá (como esta).

É possível também assistir a apresentações de gueixas, seja nas casas de chá ou em serviços mais privados de hospedagens e restaurantes de alto padrão. Nesse caso, por um valor bastante alto.

Outras atividades também dão o tom do que é vivenciar esse charmoso bairro de Kyoto. Experimente caminhar pela Rua Hanamikoji e suas ruelas no final da tarde. As chances de cruzar com uma gueixa ou maiko (aprendiz de gueixa) indo de um compromisso a outro são grandes.

Por fim, uma foto na ponte Tatsumibashi é o retrato perfeito para descrever o bairro Gion: misterioso, belo e cinematográfico.

Dica: Gion é uma das áreas mais turísticas e movimentadas de Kyoto. Por isso, se possível, procure explorar o bairro no início da manhã ou no finalzinho da tarde, quando o fluxo de pessoas é um pouco menor.

Além disso, respeite a privacidade dos moradores e fique atento às placas, pois recentemente foram impostas algumas restrições de circulação em vielas residenciais, com risco de multa pesada.

Museu do Kanji

Museu do Kanji em Quioto

Exposição no Museu do Kanji em Kyoto

Situado na região central de Kyoto, o Museu do Kanji fica próximo ao Santuário Yasaka, no bairro Gion. Apesar de muitas vezes passar despercebido, para quem se interessa por idiomas ou estuda a língua japonesa, é um lugar que vale muito a pena visitar.

Inaugurado em 2016, esse espaço é o primeiro museu do Japão dedicado ao kanji, um dos alfabetos japoneses. Bastante interativo, o museu propõe que os visitantes aprendam kanji enquanto se divertem.

No primeiro andar, você poderá conhecer a história dos kanjis desde a antiga China até os tempos atuais no Japão. Também poderá ver o kanji símbolo do ano — em 2024, por exemplo, o kanji 金 (kin, que significa “ouro” ou “dinheiro”) foi o escolhido.

Entre o primeiro e o segundo andar, uma torre de 10 metros, com cerca de 50.000 kanjis, se impõe à sua frente! Já no segundo andar, há diversas atividades interativas que apresentam o kanji de forma lúdica e diferente.

O museu funciona de terça a domingo, das 9h30 às 17h, e o ingresso custa 800 ienes.

Aqueduto Suirokaku

Aqueduto Suirokaku em Quioto, no Japão

Um pouco de Roma do Japão

Podemos dizer que encontrar um aqueduto em estilo romano em plena Kyoto não é lá muito esperado, mas ele existe! Construído em 1890 para conectar a cidade ao Lago Biwa, o maior lago do Japão, ele é usado até hoje!

O Aqueduto Suirokaku tem 93,2 m de comprimento, 4 m de largura e 9 m de altura. Seus arcos feitos de granito e tijolos surpreendem pela arquitetura, que destoa da paisagem padrão dos templos e jardins japoneses.

Logo ao lado, ainda vale a pena o passeio pelo templo budista Nanzen-ji e seus jardins, que possuem muitas árvores de bordo e ficam especialmente bonitos no outono.

Torre de Kyoto

Torre de Kyoto

Torre de Kyoto vista da estação central de trens

Toda a região nos arredores da estação de Kyoto é lindíssima. Principalmente à noite, a iluminação da Torre de Kyoto e dos comércios da região imprime à cidade um ar moderno e animado.

A torre de observação tem 131 metros de altura, e é possível subir até o deck e desfrutar da vista panorâmica pelo valor de 900 ienes. No entanto, acredito que, mais interessante do que admirar a cidade lá de cima, é sentir a energia dela acontecendo lá embaixo.

Se o clima estiver agradável, escolha um restaurante com mesas externas nessa região da estação. Também vale apostar nos pequenos izakayas – você se sentirá como um local e, quem sabe, pode até trocar uma ideia com o chef ou com outros clientes.

Dica: caso você tenha alguma restrição alimentar (vegano, vegetariano, sem glúten, halal, kosher, etc.), faça uma boa pesquisa prévia de restaurantes e tente reservar com antecedência em Kyoto.

A grande maioria dos estabelecimentos no Japão não oferece pratos para dietas especiais em seus cardápios, o que também não é facilitado pela barreira linguística. Apesar disso, não é impossível encontrar restaurantes voltados a públicos específicos.

O grande desafio é que, por padrão, os restaurantes em Kyoto costumam ter poucas mesas e horários de funcionamento reduzidos. Resultado: se você não reservar, há grandes chances de não conseguir entrar e acabar ficando sem opções para comer (experiência própria de uma vegetariana!).

Comer o okonomiyaki típico de Kyoto

Okonomiyaki de Kyoto no restaurante Issen Yoshoku

Okonomiyaki de Kyoto no restaurante Issen Yoshoku

A região de Kyoto é mais conhecida pela sua produção de chá e tofu. No entanto, outro prato que vale a pena incluir na lista de experiências gastronômicas da cidade é o okonomiyaki.

O prato costuma ser descrito como a “panqueca japonesa”, mas garanto que é bem diferente de qualquer outra panqueca. Substancioso, pode levar carne, frutos do mar, queijo, cebolinha, repolho, maionese, molho de soja, lascas de bonito, algas e o que mais a imaginação permitir!

E embora a receita de Hiroshima seja a mais famosa, há várias versões de okonomiyaki no Japão. E, claro, Kyoto também tem a sua!

A minha recomendação é provar o do restaurante Issen Yoshoku. Esse é o único prato servido ali e você escolhe entre vegetariano e não vegetariano (ambos a 850 ienes). Fora isso, lá você também encontrará bebidas a um bom preço e alguns doces para experimentar.

A decoração do local é outro bônus: meio retrô, meio extravagante e muito única. Você vai se surpreender com os manequins com kimono sentados à mesa.

Noite em Pontocho e Kiyamachi

Rua Pontocho em Kyoto

Noite na estreita rua Pontocho

Embora Kyoto seja mais conhecida pelos seus templos e atrações históricas, quem procura por entretenimento noturno não ficará insatisfeito.

Duas das áreas mais famosas para curtir a noite de Kyoto são a Pontocho e Kiyamachi. Essas regiões, além de centrais e muito agradáveis, são conhecidas pela alta concentração de restaurantes, bares, casas noturnas e izakayas.

Com refeições que vão da alta gastronomia à comida de rua e experiências que partem de bares animados a sofisticadas performances de gueixas, certamente você encontrará algo que te agrade.

Agora, se você é chegado em uma birita, a dica é ficar atento à palavra Nomihoudai (飲み放題 ). O Japão tem uma forte cultura do álcool e essa palavra significa algo como “bebida à vontade”. Geralmente, você paga um preço fixo por um período pré-estipulado de 30 min, 1 h ou até 2 h com bebida alcoólica ilimitada.

Baixe o mapa das atrações em Kyoto!

Gostou das dicas? Abra o mapa das atrações e não perca nada durante a sua viagem a Kyoto!

Deu para perceber que Kyoto é uma cidade ímpar, que engloba experiências únicas: tradição, cultura, natureza, festividade, comida boa.

Neste artigo, você encontrou diversas opções de passeios e atividades para se fazer em Kyoto. Além disso, tentei trazer algumas dicas de ouro que podem tornar essa sua experiência ainda mais especial.
Espero ter ajudado e que todo esse conteúdo tenha despertado em você muito mais vontade de estar em Kyoto!

Você sabia?

O Viaja que Passa ganha uma pequena comissão a cada reserva que você faz através dos links dos nossos parceiros. Você não paga nada a mais por isso e nos ajuda a continuar publicando conteúdos autorais e imparciais para ajudar na sua viagem!

Tags:  

«
»