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“Guia de transporte em Kyoto: metrô, ônibus, trem e mais!”


Entender como usar o transporte público em Kyoto é essencial para aproveitar ao máximo sua estadia por lá. Você vai conhecer grande parte das atrações turísticas a pé, é verdade. Mas saber como se deslocar entre as diferentes regiões da cidade é a chave para curtir tudo que ela oferece.

Um detalhe importante sobre Kyoto é que não há um tipo de transporte que será o melhor para todas as situações. Alguns locais são melhores servidos pelo trem, enquanto outros são alcançados mais facilmente pelos ônibus ou metrô.

Para te ajudar a entender essas nuances, reuni nesse post informações sobre os principais meios de locomoção na cidade, incluindo alguns privados e alternativos. A seguir, você encontrará detalhes sobre cada um deles com dicas e valores. Confira!

TRANSPORTE PÚBLICO EM KYOTO

Kyoto é uma cidade que oferece diferentes opções de transporte público. Pode ser muito fácil chegar e sair da cidade, bem como se locomover dentro dela. Mas é preciso compreender como toda essa rede funciona.

Os deslocamentos em Kyoto são tarifados por tipo de transporte e distância percorrida.

Não há separação por zonas, mas digamos que o metrô funciona na parte central da cidade e os trens em distâncias maiores ou intermunicipais. Já os ônibus chegam até pontos mais específicos, próximos ou distantes do centro.

Os principais meios de transporte público são, então, exatamente esses: trem, metrô e ônibus. Para circular com essas opções, o IC Card será seu melhor aliado. É possível carregá-lo previamente e usá-lo em toda essa rede apenas aproximando dos leitores. Muito prático!

Em outro artigo, falo mais detalhes sobre o IC Card e suas versões mais famosos: Suica, PASMO e ICOCA.

Agora que já falamos das opções de transporte público, vale conferir alguns detalhes sobre cada um deles:

Trem

Trens shinkansen na Estação de Kyoto

Trens shinkansen na Estação de Kyoto

várias companhias de trem circulando em Kyoto. A principal delas é a estatal Japan Rail (JR), que com seu shinkansen (trem-bala), conecta as principais cidades japonesas num piscar de olhos. Para além da JR, algumas outras companhias privadas que operam na cidade são a Kintetsu, Hankyu, Keihan, Eizan, Keifuku e Sagano.

Trens da Japan Rail

Além dos shinkansen (trens-bala), a JR possui linhas que são ótimas opções para chegar a atrações mais distantes do centro de Kyoto, como o Santuário Fushimi-Inari ou a Floresta de Bambus de Arashiyama, por exemplo.

Quem possui o JR Pass pode circular tranquilamente pelas linhas da JR sem custo adicional. Além disso, também é possível pagar usar o IC Card ou comprar bilhetes unitários nas máquinas ou guichês das estações.

Trens de empresas privadas

As empresas de trem Kintetsu, Hankyu, Keihan, Eizan, Keifuku e Sagano, por serem privadas, não funcionam com o JR Pass

Essas empresas transportam os turistas às montanhas mais ao norte de Kyoto e pelo passeio cênico na região de Kameoka (Sagano Scenic Railway), por exemplo.

No entanto, caso você venha a comprar o passe para a sua viagem ao Japão, saiba que é perfeitamente possível fazer um roteiro padrão em Kyoto utilizando apenas a JR. O único cuidado que você deve tomar é para não pegar os trens dessas outras empresas por engano.

O IC Card funciona na maioria desses trens, com exceção das linhas Eizan e Sagano. Elas, que funcionam mais como atrações turísticas, acabam tendo um ticket próprio.

Valores

Ao simular uma rota no Google Maps, o próprio aplicativo aponta o valor da rota, podendo haver uma ligeira diferença em alguns casos.

Além disso, nas estações de trem também é possível conferir os valores em mapas ilustrativos acima das máquinas de compra – que, por sua vez, podem soar confusos num primeiro momento.

Para se ter uma ideia de valores, o trem JR da Kyoto Station para a Inari Station (Nara Line), que conecta os turistas ao Santuário Fushimi Inari, tem o custo de ¥ 150.

Já o trem da JR da Kyoto Station para a Saga-Arashiyama Station (San-In Line), que leva os viajantes a Arashiyama e a Floresta de Bambus, tem um custo de ¥ 240.


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Metrô

Interior do metrô de Kyoto

Interior do metrô de Kyoto

A malha metroviária de Kyoto possui apenas 2 linhas: Karasuma Line (que vai de norte a sul) e Tozai Line (cruza a cidade de leste a oeste). Isso significa que a rede disponível não é tão ampla assim, mas funciona bem para conectar os pontos mais centrais da cidade.

Algumas atrações situadas em pontos atendidos pelo metrô são o Museu Internacional do Mangá (Karasuma Oike Station), Palácio Imperial (Imadegawa Station), Castelo Nijo (Nijojo-mae Station) e Templo Nanzen-ji (Keage Station).

Mapa das linhas de metrô de Quioto

O metrô é uma opção de transporte interessante para aqueles viajantes que incluem muitas atrações turísticas centrais num só dia e querem otimizar o tempo em Kyoto.

Nesse caso, recomendo a compra do passe Kyoto City Subway 1-Day Pass. Ele custa ¥800 e permite o uso ilimitado do metrô do momento de ativação até o final do mesmo dia.

Você pode comprar esse passe nas máquinas automáticas das estações de metrô ou nos centros de informação para turistas.

Já os bilhetes avulsos custam entre ¥220 e ¥360, dependendo da distância percorrida. Eles podem ser comprados nas máquinas automáticas ou, então, pagos com o IC Card. Você pode conferir o valor da viagem desejada aqui ou simulando a rota no Google Maps.

Ônibus

Ponto de ônibus em Kyoto, no Japão

Ponto de ônibus em Kyoto

Há diversas linhas de ônibus em Kyoto e elas tem como principal vantagem a sua grande abrangência. Justamente por isso, foi o transporte que mais utilizei durante a minha permanência na cidade.

O Pavilhão de Ouro Kinkaku-ji e o Pavilhão de Prata Ginkaku-ji, por exemplo, são atrações mais facilmente alcançadas de ônibus.

A frequência dos ônibus é boa e eles costumam ser bastante pontuais. Além disso, os pontos de parada contam com letreiros que indicam quando tempo falta para o ônibus de cada linha chegar.

Os ônibus em Kyoto têm um preço padrão de ¥230, que independe da quantidade de paradas ou distância percorrida na viagem.

Por isso, essa também acaba sendo uma alternativa interessante para economizar em trajetos mais longos. Chegar a Arashiyama de ônibus, por exemplo, é uma boa opção caso você não esteja hospedado próximo a uma estação de trem.

Outro detalhe para ficar atento (e isso muda de cidade para cidade no Japão) é que o embarque é feito sempre pela porta traseira e o desembarque pela porta dianteira. Esse sistema se deve ao fato de que o pagamento acontece no momento do desembarque.

Ilustração com a entrada e saída dos ônibus de Kyoto


Já o sistema de pagamento dos bilhetes merece algumas considerações importantes:

Na dianteira do ônibus, ao lado do motorista, há duas máquinas. Uma serve para a leitura do IC Card, caso esse seja o método de pagamento escolhido (definitivamente, é o mais prático). Já a outra serve para o pagamento em espécie, mais especificamente em moedas. A máquina não aceita notas e também não dá troco, por isso é necessário separar previamente o valor exato do bilhete

Vale saber que no interior dos ônibus há uma máquina para a troca de dinheiro. No entanto, ela aceita apenas a de ¥1.000 e trocará por 10 moedas de ¥100.

Passes diário combinado: metrô + ônibus

Para além dos bilhetes avulsos, existe a opção do passe diário chamado Subway and Bus 1-Day Pass. Seu custo é de ¥1.100 e pode ser usado de forma ilimitada nos ônibus e metrôs da cidade, do momento de validação até o final do mesmo dia.

O passe combinado é vendido nas máquinas automáticas das estações de metrô ou nos centros de informação para turistas.

PLANEJAMENTO DAS ROTAS

Quando o tópico é planejamento das rotas, lançar mão da tecnologia para nos auxiliar faz-se extremamente necessário.

Devido à barreira do idioma, a melhor alternativa é mesmo o Google Maps. Ele super dá conta do recado, é bastante preciso nas informações de horário e itinerário e até já fornece o custo do trajeto. Basta inserir as informações de origem e destino final, selecionar a aba de transporte público e analisar a melhor alternativa.

Caso você viaje sem um pacote de dados no celular (a propósito, contratei o serviço da Airalo), faça isso quando tiver uma conexão Wi-Fi disponível! Por segurança, tire print da rota e/ou baixe o mapa offline no Google Maps (assim você ainda terá acesso ao GPS durante o seu transporte em Kyoto).

Dica: a maioria dos kombinis (lojas de conveniência do Japão) disponibiliza acesso à rede Wi-Fi gratuitamente. Outra opção são as redes Starbucks e Doutor (que não são gratuitas, mas podem ser usadas na hora daquele café).

TRANSPORTES PRIVADOS E ALTERNATIVOS EM KYOTO

Além dos meios de transporte público, transportes privados e alternativos também podem ter vez na hora de planejar uma viagem a Kyoto, principalmente para atender situações específicas, como sair da estação com malas pesadas ou, então, fazer do transporte um passeio turísticos.

Abaixo, falo de algumas opções que você pode considerar:

Táxi

Taxi estacionado em rua de Kyoto

Taxi da empresa Yasaka | Foto: Kyoto Travel

O táxi é uma opção bastante conveniente e confortável para se deslocar em Kyoto, principalmente para aquele deslocamento pontual carregado de malas.

Além disso, há um grande número de veículos nas ruas comerciais mais frequentadas e principais avenidas da cidade.

O lado negativo, como é de se esperar, fica por conta do preço. A tarifa começa em ¥610 pelos primeiros 2 km e depois vai aumentando gradualmente.

São diversas empresas que disponibilizam o serviço, mas as que têm melhor reputação são a Kyoto MK Taxi (usa como símbolo um coração) e a Yasaka Taxi (usa como símbolo um trevo).

Usar um taxi em Kyoto não é diferente de outros lugares, mas há algumas informações úteis que podem ajudar.

Também é acenando que indicamos que queremos que o táxi pare, mas vale atentar-se ao ideograma 空車 para assegurar-se que ele esteja disponível.

As portas do táxi abrem e fecham automaticamente, então não é preciso preocupar-se com isso. Ou, melhor, é preciso deixar que fechem sozinhas.

Outro ponto importante é que a maioria dos taxistas recebem apenas dinheiro em espécie, mas pode ser que alguns deles aceitem cartão de crédito. Se for o caso, pergunte antes de entrar no veículo.

Por fim, vale saber que a maioria dos taxistas não falam inglês! Por isso, a menos que você fale japonês, o Google Maps e o Google Tradutor serão grande aliados na comunicação.

Bicicleta

Bicicleta estacionada em Quioto

Foto: Getty Images

Assim que você pisar em Kyoto, vai perceber que a bicicleta é um meio de transporte comum entre locais e turistas.

A região é bem abastecida por ciclovias e, mais que isso, é uma cidade acostumada com a circulação sobre duas rodas.

O interessante aqui é que, se você estiver no pique de pedalar, muitas acomodações disponibilizam bicicletas para seus hóspedes, seja gratuitamente ou mediante uma taxa. E mesmo que esse não seja o caso, há muitas lojas de aluguel de bicicletas em Kyoto, principalmente na região central da cidade.

Para alugar uma bicicleta comum, dessas mais simples, considere gastar cerca de ¥1000 a diária. Lojas mais equipadas oferecem também bicicletas esportivas e elétricas, além de opções próprias de ciclotours.

 Riquixá

Tradicional riquixá japonês

Foto: Getty Images

Embora eu particulamente não me veja utilizando esse tipo de serviço, não dá pra negar que ele é muito comum nas áreas turísticas de Kyoto.

O riquixá, ou jinrikisha, era um meio de transporte comum durante a Era Meiji e nada mais é do que uma charrete de tração humana. Nos dias atuais, é utilizado de forma quase que recreativa em zonas turísticas tradicionais do Japão.

Os preços para andar de riquixá variam bastante dependendo da região, empresa ou época do ano. De modo geral, podem custar entre ¥3000 e ¥8000 por um percurso de 30 minutos.

COMO SE LOCOMOVER EM KYOTO?

Como vimos, existem várias formas de se locomover em Kyoto, seja usando o transporte público ou opções privadas e alternativas. No entanto, se eu tivesse que eleger os melhores meios de transporte para se locomover em Kyoto, recomendaria a combinação de metrô e ônibus.

É verdade que a malha metroviária não é das mais extensas. No entanto, como a maior parte das atrações turísticas fica na região mais central da cidade, muitas são bem atendidas pelas duas linhas de metrô. Para todas as demais situações, as linhas de ônibus são práticas e eficientes, além de econômicas.

Já para algumas rotas específicas, especialmente para alcançar atrações afastadas da cidade, os trens funcionam muito bem – e ainda são vantajosas para aqueles que possuem o JR Pass.

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