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“O que fazer em Marrakech: melhores atrações e dicas do destino!”


Fundada no século XI, Marrakech cresceu como um importante centro econômico e religioso do mundo árabe. Atualmente, o destino é a cidade mais visitada do Marrocos e oferece uma experiência de viagem autêntica e segura para quem deseja conhecer um pouco do Norte da África. Mas afinal, o que fazer em Marrakech?

Combinando tradição e modernidade, a cidade proporciona uma ampla variedade de atrações e experiências.

Neste artigo, preparamos um guia completo sobre o que fazer em Marrakech. Além disso, reunimos dicas essenciais para planejar sua viagem, incluindo tempo ideal de estadia, melhores hotéis, formas de locomoção e a época mais recomendada para visitar a cidade.

QUANTOS DIAS FICAR EM MARRAKECH

Marrakech é uma cidade de médio porte que comporta a quarta maior população do país. Para os turistas, uma das maiores vantagens do destino é o fato de a maioria das atrações estar concentrada na Medina (ou Almedina), como é conhecido o seu centro histórico.

Ainda que os principais pontos de interesse estejam próximos uns dos outros, recomendo uma estadia de pelo menos 2 a 3 dias inteiros em Marrakech.

Com esse tempo, você conhecerá os principais pontos turísticos da cidade com tranquilidade e vivenciará os aspectos mais marcantes da cultura marroquina.

Além disso, Marrakech também conta com uma localização privilegiada no Marrocos, sendo uma boa base para aqueles que buscam excursões de um dia.

Destinos fascinantes como o Deserto de Agafay, aldeias berberes e as montanhas da Cordilheira do Atlas estão a uma curta distância da cidade. Assim, uma viagem completa a Marrakech, combinando visitas aos arredores, pode tranquilamente se estender de 4 a 7 dias.

ONDE SE HOSPEDAR EM MARRAKECH

Escolher onde se hospedar em Marrakech vai além de um simples lugar para dormir – a região escolhida define a atmosfera da sua viagem e influencia toda a experiência nessa cidade marroquina.

A Medina, por exemplo, é o coração histórico de Marrakech e concentra as principais atrações turísticas. Mais do que um simples centro, ela é uma atração por si só, com suas vielas labirínticas que datam do século XI.

Hospedar-se ali garante fácil acesso aos pontos turísticos e uma imersão autêntica na cultura local, especialmente nos charmosos riads. No entanto, a escolha da localização dentro da Medina faz diferença: áreas próximas à Jemaa el-Fnaa são práticas, mas ficar um pouco afastado da praça ajuda a evitar o barulho e a movimentação intensa.

Por outro lado, se ruas caóticas repletas de pedestres e vendedores não são a sua praia, melhor optar por outras regiões. Nesse caso, bairros como Gueliz e Hivernage são excelentes alternativas para quem busca mais tranquilidade.

Essas áreas estão relativamente próximas da Medina e oferecem boa infraestrutura, com hotéis modernos e luxuosos, restaurantes refinados e fácil acesso.

Aqui no blog, você pode conferir a nossa seleção dos melhores riads de Marrakech, além de um guia completo dos melhores bairros para ficar no destino. Abaixo, trago um compilado de hotéis recomendados nas três regiões citadas acima:

Econômico

  • The Madrassa Hostel: estrategicamente localizado na Medina, está a menos de 10 minutos de caminhada da Praça Jemaa el-Fnaa e do Palácio Bahia. Oferece quartos privativos e compartilhados (sempre com banheiro compartilhado), todos com varanda e vista para o jardim, além de ar-condicionado e máquina de café. O café da manhã está incluído;
  • Riad Hna Ben Saleh: também na Medina, este riad está a poucos minutos de caminhada da icônica Jemaa el-Fnaa. Os quartos são compactos, mas confortáveis, e contam com TV e banheiro privativo. Característico dos riads, o local oferece vários espaços para convivência e relaxamento. Para completar a experiência, o café da manhã é servido no terraço, com vista para a cordilheira do Atlas;
  • Hôtel IBN Batouta: este hotel 3 estrelas está muito bem localizado em Gueliz, a poucos minutos de caminhada da Plaza Gueliz e próximo à Avenida Mohammed V. Os quartos são iluminados e confortáveis, equipados com ar-condicionado, TV e banheiro privativo. Além disso, o hotel dispõe de várias comodidades, como piscina externa, restaurante, serviço de quarto e recepção 24 horas. O café da manhã está incluído na diária.

Bom custo-benefício

  • Riad El Youssoufi: localizado na parte norte da Medina, próximo ao Palácio Dar El Bacha, este riad combina charme rústico com hospitalidade acolhedora. É uma ótima escolha para quem deseja se hospedar na Medina, mas com fácil acesso à região de Gueliz. As suítes têm decoração tradicional e, entre as comodidades, há uma pequena piscina interna, um bar e a oportunidade de experimentar a autêntica gastronomia marroquina;
  • 2Ciels Boutique Hôtel: hotel 4 estrelas com localização estratégica em Gueliz. Tanto a Plaza Gueliz quanto o bairro de Hivernage ficam a apenas 10 minutos de caminhada. Entre as principais comodidades estão uma piscina externa, restaurante, bar, spa e serviço de quarto. O café da manhã está incluso;
  • Hivernage Hotel & Spa: situado entre Hivernage e a Medina, próximo ao Theatro Marrakech, este hotel 5 estrelas oferece suítes sofisticadas e bem equipadas. Entre as comodidades disponíveis, destacam-se a piscina externa, o estacionamento, o spa, dois restaurantes, o bar e o serviço de quarto. O café da manhã está incluído.

Conforto

  • Riad Alili: um dos riads mais emblemáticos de Marrakech, está localizado próximo ao portão Bab Doukkala, permitindo fácil acesso tanto à Praça Jemaa el-Fnaa (15 min a pé), quanto ao moderno bairro de Gueliz. Com um número reduzido de quartos, o riad impressiona com suas comodidades, como piscina interna, spa, bar e um restaurante que prepara refeições sob demanda. Por fim, o café da manhã é excepcional e um dos pontos altos da hospedagem;
  • Radisson Blu Marrakech: situado na Avenida Mohammed V, no coração de Gueliz, este hotel 5 estrelas oferece uma ampla variedade de quartos, todos espaçosos e bem equipados. Entre as comodidades destacam-se uma piscina externa, restaurante, bar, spa e serviço de quarto, além de em bom café da manhã incluído;
  • Four Seasons Resort Marrakech: localizado entre os Jardins de Menara e o Boulevard Mohammed VI, este resort ocupa uma ampla área verde. Todas as unidades possuem varanda com vistas encantadoras dos jardins, das piscinas ou da cordilheira do Atlas. A infraestrutura do resort é impressionante e inclui duas piscinas, um spa, duas quadras de tênis, três restaurantes e um bar.

O QUE FAZER EM MARRAKECH: 9 ATRAÇÕES E ATIVIDADES IMPERDÍVEIS

Praça Jemaa el-Fna

Pessoas caminhando na Praça Jemaa el-Fna

Foto: Getty Images

A Jemaa el-Fna é a praça mais emblemática de Marrakech e serve como o principal ponto de referência da cidade. Situada na Medina, ela faz parte da lista de Patrimônios Culturais da Humanidade da UNESCO.

Durante o dia, esta praça de grandes proporções tem movimento intenso, com a presença de barracas fixas que vendem sucos e iguarias locais.

Contudo, é ao entardecer que o verdadeiro encanto da Jemaa el-Fna se revela. O movimento intensifica-se ao cair da noite e o cenário transforma-se com a montagem de grandes barracas de comida, equipadas com mesas e cadeiras, criando um verdadeiro restaurante ao ar livre.

É também nesse período que se veem mais artistas de rua, como encantadores de serpentes e faquires, que atraem turistas para assistir às suas performances.

A praça, portanto, não é apenas um ponto de encontro para os moradores, mas também um destino certeiro para quem busca degustar os sabores tradicionais e ter um primeiro contato com a cultura marroquina.

Apesar de todas as atrações, é importante estar atento a indivíduos que oferecem serviços de “guias turísticos” em troca de dinheiro. À parte disso, visitar a Jemaa el-Fna – tanto de dia quanto de noite – é uma experiência indispensável para quem está em Marrakech.

Souks da Medina

Souk na Medina de Marrakech

Foto: h.ekd via Unsplash

Os souks são mercados tradicionais situados na Medina, sobretudo ao redor da Praça Jemaa el-Fna. Em meio ao labirinto de ruelas estreitas, apinhadas de gente e repletas de mercadorias, um cenário singular de cores e aromas eclode e aguça os nossos sentidos.

Esses mercados se organizam por setores, onde há uma sequência de lojas e barracas especializadas em um tipo de produto, sejam especiarias, tecidos, cerâmicas, tapetes, jóias, lanternas ou artigos de couro. Além do comércio, os souks também abrigam oficinas de artesãos que trabalham com técnicas tradicionais.

Dentre os mais conhecidos está o Souk Haddadine, para artigos de metal, e o Souk Attarine, para especiarias. Já o mais fotogênico de Marrakech é, sem dúvida, o Souk Sebagghine, especializado em tecidos.

Outros souks que merecem destaque são: Souk Semmarine (roupas e acessórios), Souk Zrabia (tapetes), Souk Dhabia (joalheria), Souk Cherratine (couro) e Souk Kumakhine (instrumentos musicais).

Vale ressaltar que a experiência de compra neles vai além da simples aquisição de produtos. A negociação de preços, prática culturalmente valorizada no Marrocos, faz parte do ritual. Por isso, jamais aceite o primeiro valor oferecido, pois ele costuma ser muito inflacionado.

Em vez disso, pechinche o quanto puder, mesmo que tenha que encenar uma desistência para obter um bom acordo. No entanto, se o comerciante aceitar o preço ofertado, é considerado de bom tom concluir a transação e levar o produto.

Mesquita Koutoubia

Torre da Mesquita Koutoubia, em Marrakech

Foto: Getty Images

A Koutoubia é a maior mesquita de Marrakech e o principal cartão-postal do destino. Localizada logo fora dos limites da Medina, está a apenas uma curta caminhada da Praça Jemaa-el-Fnaa.

Com seu minarete (torre) de 69 metros de altura, a mesquita é o edifício mais alto da cidade. Um fato curioso é que a construção de edificações que ultrapassem essa altura é proibida.

O nome da mesquita provém do termo árabe al-Koutoubiyyin, que significa “bibliotecário” ou “livreiro”, já que a área ao redor costumava abrigar diversos vendedores de manuscritos.

Construída por volta de 1158, a Koutoubia segue o estilo tradicional almóada. É interessante destacar que o exterior do minarete mantém apenas parte de sua ornamentação original, como a faixa de azulejos verdes na seção superior.

Embora o acesso ao interior da mesquita seja permitido exclusivamente a muçulmanos, os turistas podem admirá-la de fora e visitar os tranquilos jardins do Parc de la Koutoubia.


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Madrasa Ben Youssef

Interior detalhado da Madrasa Ben Youssef, Marrakech

Foto: Andrey X.

A Madrasa Ben Youssef é uma histórica escola corânica, localizada anexa à mesquita de mesmo nome, na região norte da Medina. Durante séculos, a instituição desempenhou um papel central nos estudos da religião islâmica, recebendo até 900 alunos.

Construída entre 1564 e 1565, ela se tornou um marco religioso e arquitetônico e atualmente funciona como um museu aberto à visitação.

Aliás, a arquitetura da Madrasa Ben Youssef impressiona de imediato, devido aos detalhes meticulosos e aos acabamentos sofisticados. Suas formas, cores e texturas correspondem à rica tradição da arquitetura marroquina.

O museu abre diariamente, das 9h às 19h, e os ingressos custam 50 DH.

Palácio da Bahia

Jardim do interior do Palácio Bahia, em Marrakech

Foto: Andrey X.

O Palácio da Bahia é uma das mais impressionantes edificações de Marrakech, situado dentro da Medina. É um símbolo da opulência e do requinte da arquitetura árabe-andaluza.

Construído no final do século XIX, o palácio foi encomendado por Si Moussa, autoridade máxima marroquina durante o Império Otomano, com o objetivo de criar um espaço grandioso e luxuoso. O nome Bahia, aliás, significa brilhante ou esplendoroso, devido às características do palácio.

O complexo abrange cerca de 8 hectares, incluindo jardins, pátios internos e mais de 150 salas decoradas com zelliges (azulejos tradicionais), tetos de madeira pintados e estuques detalhados.

Embora tenha sido originalmente uma residência privada, o espaço atualmente funciona como museu e centro cultural, além de servir como residência de inverno para a família real marroquina. O museu abre todos os dias, das 9h às 17h, e custa 100 DH.

Palácio El Badi

Panorama das ruínas do Palácio El Badi

Foto: Jared Lisack via Unsplash

O Palácio El Badi é um edifício histórico em ruínas, situado na parte sul da Medina, a cerca de 1 km da Praça Jemaa el-Fnaa. Embora bem menos popular do que o Palácio Bahia, os visitantes costumam se surpreender com sua grandiosidade.

Ele foi construído no final do século XVI pelo sultão Ahmad al-Mansur, da dinastia saadiana. Seu nome, que significa “O Incomparável“, corresponde à grandiosidade da construção, financiada com o resgate de prisioneiros portugueses pago por Portugal após a batalha de Alcácer-Quibir.

O palácio simbolizava o poder e a riqueza do sultão, combinando influências marroquinas e europeias, inspiradas na Alhambra, de Granada. Foi decorado primorosamente com mosaicos detalhados, colunas de mármore e esculturas ornamentadas. Além disso, sua estrutura incluía pátios espaçosos, jardins exuberantes, fontes e centenas de salas luxuosamente adornadas.

No entanto, sua glória durou pouco. No século XVII, o sultão alauíta Moulay Ismail ordenou seu desmantelamento para reutilizar os materiais na construção de sua nova capital em Meknès. Mesmo em ruínas, é possível ter uma ideia da grandiosidade original do palácio.

Atualmente, El Badi é uma atração turística e palco do Festival de Rir de Marraquexe. Visitantes podem acessar as suas ruínas e ter uma vista panorâmica das muralhas e dos ninhos de cegonhas que ali se instalaram.

O palácio também abriga o púlpito da antiga Mesquita Koutoubia, uma relíquia histórica do século XII. A atração funciona diariamente, das 9h às 17h, e custa 100 DH.

Túmulos Saadianos

Sala com túmulos saadianos, em Marrakech

Foto: Getty Images

Os túmulos saadianos são um majestoso mausoléu real da dinastia saadiana. Estão localizados na Mesquita Moulay al-Yazid, em Kasbah, ao sul da Medina e próximos ao Palácio El Badi.

Esses túmulos, que representam um dos mais importantes vestígios da dinastia saadiana (séculos XVI-XVII), foram redescobertos por arqueólogos franceses em 1917. Ali estão sepultados 60 corpos, incluindo Ahmad al-Mansur, governante mais conhecido do período.

O complexo abriga duas salas funerárias e um jardim. Uma delas é a majestosa Sala das Doze Colunas, adornada com mármore de Carrara, além de ter estuques refinados e madeira de cedro. O Jardim das Necrópoles é outro espaço de destaque, pois ali estão tanto os membros da realeza como alguns serviçais.

Os túmulos são um verdadeiro tesouro da arquitetura hispano-mourisca. Porém, apesar de sua relevância, essa atração não está entre as mais visitadas de Marrakech. Ainda assim, recomendo para os apreciadores de arquitetura ou da história real marroquina.

Os Túmulos Saadianos estão abertos diariamente, das 9h às 17h, e o ingresso custa 100 DH.

Jardim Majorelle

Casa azul do Jardim Majorelle, em Marrakech

Foto: Andrey X.

O Jardim Majorelle é um verdadeiro oásis em meio ao cenário ocre e árido de Marrakech. Fica fora da Medina, próximo ao bairro de Gueliz e a aproximadamente 2 km ao norte da Praça Jemaa el Fna.

No início dos anos 1920, o pintor francês Jacques Majorelle adquiriu um vasto palmeiral de um hectare a noroeste da Medina. Ali, construiu sua residência e ateliê, em um projeto de arquitetura modernista que combinava elementos dos estilos mourisco e art déco.

Ao redor da casa, cultivou um jardim exuberante, inspirado no paisagismo islâmico, mas enriquecido com cerca de três mil espécies raras e exóticas de diversas partes do mundo. Além disso, projetou um espaço com fontes, espelhos d’água, alamedas sombreadas e pérgolas, proporcionando um ambiente de paz e contemplação.

Curiosamente, diversos elementos – como a casa e as fontes – receberam a cor Azul Majorelle, desenvolvida pelo próprio artista para contrastar com o verde das plantas.

Após a morte de Majorelle, o estilista francês Yves Saint Laurent e seu parceiro Pierre Bergé adquiriram a propriedade em 1980, restaurando e preservando o jardim e a casa.

Atualmente, o espaço abriga diversas atrações. Além dos jardins, encontra-se ali um museu dedicado à cultura berbere, instalado na antiga casa-ateliê de Jacques Majorelle.

O complexo conta ainda com um café, uma boutique e o Museu Yves Saint Laurent, que ocupa um edifício moderno de arquitetura arrojada. Este museu, aliás, exibe um vasto acervo do estilista francês, incluindo 5 mil peças de vestuário, 50 mil esboços e 15 mil acessórios de alta-costura.

Para visitar as atrações, é necessário adquirir ingressos individuais ou combinados. Os preços são 170 DH (Jardim), 140 DH (Museu Yves Saint Laurent), 230 DH (Museu de Arte Berebere + Jardim), ou 330 DH (combinado para todas as atrações). Compre online com antecedência.

Deserto do Saara

Homem puxando camelos no deserto do Saara

Foto: Sergey Pesterev via Unsplash

Visitar o Deserto do Saara é uma experiência indispensável para quem viaja pelo norte da África – afinal, trata-se do maior deserto seco do mundo. A boa notícia é que Marrakech é um excelente ponto de partida para excursões no deserto.

A primeira opção, o Deserto de Agafay, está a apenas 40 km ao sul de Marrakech (1 hora de carro). Embora seja um deserto rochoso, sem dunas, o cenário é soberbo, com paisagens áridas em contraste com as montanhas do Atlas ao fundo.

É a opção ideal para quem quer ir ao deserto, mas deseja voltar para Marrakech no mesmo dia. Os viajantes podem visitar também as aldeias berberes. Na nossa parceira Civitatis você encontra ótimas opções de tours, inclusive com guia em português.

Para quem tem mais tempo e busca uma experiência imersiva no deserto, há outros dois destinos, mas que demandam um planejamento cuidadoso. O Deserto de Zagora, a 350 km de Marrakech, demanda cerca de seis horas de viagem de carro.

Embora as formações rochosas também sejam predominantes, há algumas dunas menores, além de tradicionais acampamentos beduínos. Como o trajeto é longo, recomenda-se uma excursão de pelo menos 2 dias.

Já para quem busca o clássico cenário do Saara, o Deserto de Merzouga é a melhor escolha.

Localizado a 550 km de Marrakech, o percurso de aproximadamente oito horas de carro recompensa os viajantes com dunas que chegam a 150 metros de altura. Não à toa, é considerado o deserto mais impressionante do Marrocos. Para aproveitar plenamente a experiência, o ideal é planejar uma excursão de pelo menos 3 dias.

COMO SE LOCOMOVER EM MARRAKECH

Muitas pessoas caminhando na Medina, em Marrakech

Medina | Foto: Immagini di Carol Lerede

Há duas configurações urbanas distintas em Marrakech. A primeira é a cidade antiga, conhecida como Medina, de traçado irregular, com ruas estreitas e vielas que, à primeira vista, formam um verdadeiro labirinto – motivo pelo qual a circulação de carros é proibida.

A segunda é a encontrada nos demais bairros, como Gueliz e Hivernage, que seguem um planejamento urbanístico moderno, caracterizado por ruas de traçado regular e com trânsito normal de veículos.

Dessa forma, na Medina, a locomoção é feita exclusivamente a pé. Para facilitar a navegação pelo emaranhado de vielas, recomendo o uso de um aplicativo de mapas, como o Maps.me, que funciona offline, ou o Google Maps.

Já para visitar outras áreas da cidade, fora da Medina, é possível se deslocar de carro. No entanto, se a distância for curta, vale a pena ir a pé, pois Marrakech é uma cidade plana e muito agradável para caminhadas.

Para quem opta pelo carro, os táxis oficiais, conhecidos como petit taxis, são uma alternativa viável. Em Marrakech, esses táxis de cor amarela são seguros, mas é essencial ficar atento a preços abusivos, uma prática comum por lá. Para evitar surpresas desagradáveis, negocie sempre o valor da corrida antes de embarcar.

Outra opção é utilizar aplicativos de carona para obter tarifas mais previsíveis. Vale destacar, porém, que o Uber e outras empresas multinacionais do setor não operam em Marrakech. Em vez disso, use os aplicativos locais como InDrive, Roby e Heetch.

Por fim, caso você chegue à cidade pelo Aeroporto Internacional Marrakech-Menara (RAK), não deixe de ler o nosso guia de como ir do aeroporto à Medina e outros bairros de Marrakech.

QUANDO IR A MARRAKECH

Muralhas de Marrakech ao pôr do sol

Muralhas de Marrakech | Foto: Getty Images

Marrakech é uma daquelas cidades que pode ser visitada o ano inteiro. No entanto, a época escolhida afetará alguns fatores da sua viagem, como o preço das acomodações, visitas às atrações e conforto térmico.

Durante o verão (junho a agosto), o clima é extremamente quente e seco, com temperaturas que chegam a 40ºC. O turismo é reduzido no período, mas o calor é desafiador.

As estações mais recomendadas para visitar Marrakech são a primavera e o outono. Entre março e maio, bem como entre setembro e novembro, as temperaturas giram em torno de 20 a 30ºC, proporcionando um clima mais agradável para explorar a cidade. Por outro lado, essa também é a alta temporada do destino, o que eleva os preços das acomodações.

Finalmente, no inverno (dezembro a março), o clima se mantém ameno, variando entre 10ºC e 20ºC, com chuvas ocasionais, ou até raras, eu diria. Essa é a baixa temporada, ideal para quem deseja uma experiência mais autêntica, com menos filas nas atrações e preços mais acessíveis.

Eu, por exemplo, visitei Marrakech no início de dezembro e aproveitei muito bem a minha estadia. O clima estava ensolarado e com temperaturas em torno dos 20ºC durante o dia. Com menos turistas, foi possível visitar as atrações com mais tranquilidade e vivenciar a cultura local de forma intensa.

Baixe o mapa!

Gostou do nosso guia sobre o que fazer em Marrakech? Então, abra o mapa abaixo no Google Maps do seu celular para não perder nenhuma atração.

Marrakech oferece inúmeras atividades e experiências. A cidade reúne atrações históricas, religiosas, parques, jardins e mercados tradicionais, além de proporcionar uma intensa imersão sensorial com suas cores, formas, aromas e sabores.

Visitar Marrakech, portanto, é vivenciar sua dinâmica única, onde a cultura tradicional se manifesta tanto no dia a dia dos habitantes quanto na própria paisagem urbana da cidade.

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